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A luta pela afirmação dos grupos sociais ganha novo fôlego. E novos grupos. Quem sabe estejamos testemunhando o surgimento do “orgulho gordo”? Novo estudo revela que a maioria das pessoas com sobrepeso não tenta – e nem quer – emagrecer.
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Orgulho obesogênico?
A palavra é tão estranha que provavelmente esta é a primeira vez que você a viu.
Embora os padrões da beleza idealizada sigam vigentes, há quem não se importe mais com isso.
Agora que as pessoas com sobrepeso ou obesa são cada vez mais numerosas, o cenário mudou.
Tanto que nada menos que dois terços das pessoas acima do peso nem tentam mais emagrecer.
O alerta vem de estudo feito pela Georgia Southern University (Estados Unidos).
Ou seja, direto do olho do furação: o país mais obeso do mundo.
Se mais indivíduos estão satisfeitos com seu peso, menos se sentem motivados a perder o excesso.
Para identificar a tendência, foram analisados dados nacionais relativos a três períodos.
Foram eles de 1988 a 1994, 1999 a 2004 e 2009 a 2014.
O estudo observou 27.350 adultos.
Foram incluídos os participantes de 20 a 59 anos com sobrepeso ou obesos.
Ou seja, quem tem Índice de Massa Corporal de 25 a menos de 30 (sobrepeso) e 30 ou superior (obeso).
Todos tiveram que responder a perguntas sobre hábitos sociais e alimentares.
E a uma questão de especial interesse: “durante os últimos 12 meses, você tentou perder peso?”.
A prevalência de sobrepeso e obesidade aumentou de 53% em 1988-1994 para 66% em 2009-2014.
No mesmo período, o número dos que tentaram perder peso diminuiu.
De 56% em 1988-1994 para 49% em 2009-2014.
“Se temos menos adultos tentando perder peso, pode ser devido a percepção errada do peso corporal”.
A declaração é de um dos autores, Dr. Jian Zhang.
“Isso reduz a motivação para envolver-se em esforços de perda de peso”.
“E, por parte dos profissionais de saúde, de não discutir questões de peso com os pacientes”.
“Além disso, quanto mais adultos vivem com obesidade, menos podem estar dispostos a tentar perder peso”.
“Em especial, se eles tentaram dietas e regimes várias vezes sem sucesso”.
O estudo foi publicado no periódico científico JAMA Network Journals.
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