O amor contra a obesidade

Que tal combater os pneuzinhos com uma dose de amor? Spray de oxitocina, o hormônio do amor, foi eficaz em testes contra o apetite. A nova arma contra o excesso de peso está no ar.

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Um spray do chamado “hormônio do amor”, a oxitocina pode estabelecer uma nova fronteira nas terapias anti-obesidade.

Este hormônio é produzido no cérebro durante atividades como sexo, troca de beijos ou ao dar à luz.

A pensar no modo como é administrada a substância, fronteiras bem etéreas.

Mas os resultados de sua eficácia revelam densidade o suficiente para ser considerada como alternativa viável e menos invasiva para reduzir o peso.

Aparentemente, borrifar um spray de oxitocina no nariz momentos antes da refeição reduz o apetite.

Estudos prévios demonstraram que cobaias que tomaram oxitocina consumiram menos calorias.

Enquanto aquelas que ficaram sem ela – quando poderiam desenvolver a obesidade – perderam peso quando seu equilíbrio interno foi restaurado.

Mas, no Hospital Geral de Massachusetts (Estados Unidos), o hormônio foi testado em humanos.

No experimento, 25 voluntários borrifaram o hormônio no próprio nariz, uma hora antes do café da manhã.

Como resultado, durante a refeição consumiram 122 menos calorias e menos 9 gramas de gordura, em média.

Ao longo do dia, o corte chegou a 366 calorias.

Para resumir, o equivalente à perda de pouco mais de um quilo por mês – mais de 17 quilos no ano.

Ou cinco vezes mais que com o uso da droga orlistat (o principio ativo do remédio Xenical), que proporciona a perda de 3,2 kg a 8, 9 kg/ano.

Diante do desconforto causado pelos fármacos e a intervenção de uma cirurgia bariátrica, um simples spray autoaplicável é a melhor saída.

Como exatamente a coisa funciona ainda permanece inconcluso.

Uma das teorias é que níveis elevados de oxitocina afetam a parte do cérebro responsável pela ingestão de alimentos e comportamento social.

Isso explica porque, quando estamos apaixonadas, sentimos pouca fome.

Outra teoria é que o hormônio atrasa o esvaziamento do estômago, provocando uma saciedade precoce.

O certo é que, ao saciar o centro de recompensas, o hormônio nos faz precisar menos de comidas gordurosas e açucaradas.

Nos novos testes programados pelo Hospital Geral de Massachusetts, serão utilizados 140 voluntários, com o monitoramento de eletroencefalogramas.

Por ser tão fácil de ser administrado, a esperança no novo tratamento é enorme.

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