Gordura trans: a ameaça escondida

Gordura trans: a ameaça escondida

Parece mas não é. Procuramos comer da maneira mais saudável possível. Mas não dá para prever quando a ameaça vem escondida de fábrica. Cuidado: estamos comendo mais gorduras trans do que imaginamos.

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Como em todo o mundo, também no Brasil, muitos dos alimento que dizem não conter gordura trans em suas fórmulas, na verdade, trazem sim sua presença.

Em estudo recente, realizado nos Estados Unidos, entre 4.340 alimentos industrializados, 9% continham gordura vegetal hidrogenada, como também é conhecida a gordura transgênica, utilizadas para melhorar a consistência dos alimentos e também aumentar sua vida útil nas prateleiras.

O problema é que inúmeros nutricionistas alegam que esse tipo de lipídio, por conta de seu consumo excessivo, é prejudicial à saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas.

O que impressiona é que 84% dos produtos analizados traziam em seus rótulos a afirmação de que não continham o ingrediente. Em destaque, a maioria aprsenta a informação “Zero gorduras trans” em destaque. Ou seja, uma mentira.

Lá como cá, isso acontece por conta da legislação. No Brasil, o produto que tiver uma quantidade menor ou igual a 0,2 g de gordura trans por porção pode dizer que não tem.

Só que isso não é pouco, considerando-se que em um pacote de batatas fritas, por exemplo, poucos se contentam em comer um punhado e passar adiante o restante. O mesmo acontece com pizzas, tortas e salgadinhos congelados, sorvetes, bolachas e pipocas de micro-ondas, por exemplo.

Só que a porção é estabelecida pelo fabricante. Assim, quanto menor o tamanho da porção, menor a quantidade de gorduras trans (e outras gorduras também), também mascarando o resultado. Para aumentar a incerteza, a Anvisa tolera uma variação de 20% dos valores declarados.

A dica é desconfiar sempre. Geralmente, você estará certa. Para garantir, seja uma verdadeira detetive dos rótulos. Por trás dos destaques, procure ler os ingredientes e as letras pequenas. E boa sorte!

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