Formando falsas memórias

Formando falsas memórias

Será que isso aconteceu mesmo? Segundo estudo, quanto mais você desenvolve paixão por um tema, mais está propensa a criar falsas memórias sobre ele.

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Mentirosa, bem intencionada ou nenhuma das respostas anteriores?

Por via das dúvidas, desconfie do discurso de especialistas.

Quanto mais nos interessamos por um tópico, é mais provável formarmos “falsas memórias” sobre eventos a ele relacionados.

É o que afirma estudo feito pela faculdade de psicologia do University College Dublin (Irlanda).

A pesquisa foi feita com 489 voluntários.

Eles deveriam eleger os tópicos mais interessantes, de acordo com seu envolvimento com o assunto.

Os temas foram futebol, política, negócios, tecnologia, filmes, ciência e música pop.

Em seguida, cada um teve que ler quatro notícias relacionadas aos tópicos pelos quais mais se interessavam.

Eles também leram sobre quatro temas pelos quais demonstraram pouco interesse.

Em cada situação, uma das quatro notícias era inventada.

Por exemplo, na categoria “ciência”, a notícia fictícia anunciava a redescoberta de uma espécie supostamente extinta no Senegal.

Entretanto, este mesmo pássaro é muito comum no país e não se encontra ameaçado.

Os pesquisadores então solicitaram aos participantes que indicassem o quanto se lembravam de cada notícia.

Eles deveriam escolher entre as opções: “lembro disso”, “lembro disso mas de outra forma” e “não lembro disso”.

Os pesquisadores descobriram que apenas 10% das pessoas lembravam das notícias que realmente não aconteceram – sobre os quais tinham uma falsa memória.

Em contraste, 25% revelaram ter falsas memórias acerca dos eventos relacionados aos temas que dominavam.

Não está claro por que isso acontece.

A teoria dos pesquisadores é que, quanto mais uma pessoa sabe sobre um assunto, mais retém informações sobre ele.

Quando esta pessoa encontra novas informações sobre o tema, traços de semelhança com uma memória anterior “acordam” lembranças no cérebro.

Isso resulta em um senso de familiaridade sobre o novo conhecimento.

Diante deste fenômeno, a pessoa se convence de que se trata de um fato existente.

Aprender mais sobre como funcionam as falsas memórias falsas pode ajudar a nos proteger contra seus efeitos nocivos.

Isso acontece, por exemplo, em relatos de testemunhas de crimes.

Este texto foi inspirado pela matéria divulgada pelo site Fox Newsleia na íntegra aqui (em inglês).

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