Deixando as sombras para trás

Questões de saúde mental, como a depressão, seguem registrando recordes entre crianças e adolescentes. Pesquisadores canadenses recomendam “milhas diárias” para superar o problema.

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A Associação Brasileira de Psicanálise estima que cerca de 10% dos nossos adolescentes sofrem com a depressão.

Nos Estados Unidos, o número é de 17,1 millhões, segundo o Child Mind Institute.

Em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que 20% dos teens têm a doença.

A abordagem convencional recomenda psociterapia e medicamentos.

Agora, um novo estudo revela que uma volta no quarteirão pode ajudar.

A pesquisa foi feita pela Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá).

Ela tomou por hipótese a falta de exercícios estar por trás do aumento dos índices de depressão entre os jovens.

Este momento em suas vidas coincide com uma queda na quantidade de atividade física a que são submetidos.

Portanto, uma provável melhoria poderia ser alcançada ao se praticar exercícios.

E, mais importante: não precisa muito.

Um esquema de “milhas diárias”, empregado na Escócia há seis anos, poderia ajudar a superar os sentimentos de tristeza, indiferença e desânimo.

A medida, utilizada nos Estados Unidos, nos confunde.

Para entender melhor, saiba que uma milha representa 1,6 quilômetro.

O programa coloca crianças e professores para correr ou andar esta distância, diariamente.

O tempo decorrido não passa de quinze minutos.

Também não requer troca de roupas, muito menos o emprego de equipamentos ou instalações específicas.

“Pausas curtas para uma atividade física durante o dia escolar – além das aulas de educação física – são intervenções simples e prometem redução do estresse e promoção da saúde entre adolescentes”.

É o que explica um dos autores do estudo, Dr. Mark Beauchamp.

E não apenas os jovens podem se beneficiar.

A iniciativa poderia combater a epidemia de estresse se estendida a grupos mais velhos.

O estudo foi publicado no periódico científico JAMA Psychiatry.

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