A conta mais alta do celular

A conta mais alta do celular

Uma pessoa troca, em média, 50 mensagens no smartphone por dia. Ou mais de dois trilhões de textos em um ano. Mas o que este hábito moderno faz com seu corpo? É bom saber para poder evitar o exagero.

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Os números acima dizem respeito a estatísticas globais.

Já os brasileiros passamos, em média, 30,3 horas mensais na internet.

Os dados são do Global Digital Report, divulgado em janeiro de 2018.

Tanta atividade leva ao que chamam, em inglês, de “text neck” (“pescoço de internet“, em tradução livre).

Problemas na coluna e com a respiração são os primeiros males da lista.

Os mais graves são dores nas articulações da mão e cotovelo, que podem levar à inflamações nos tendões.

Digitar no smartphone também rouba a atenção.

No trânsito, este hábito revela-se mais perigoso que beber ao volante.

Se você não consegue mexer menos nos gadgets, pode ao menos fazer pequenos ajustes.

Pescoço e costas

Digitar no smartphone com o queixo encostando no peito é uma maneira de colocar pressão extra na coluna.

A cabeça de um adulto pesa entre 4,5 e 5,4 quilos, o mesmo que uma bola de boliche.

Quando é abaixada, num ângulo de 60 graus, exerce uma pressão de 27 quilos nas vértebras cervicais.

O que você pode fazer: Eleve o telefone até que suas orelhas estejam exatamente acima dos ombros.

Polegar

O polegar sofre e seu uso excessivo pode magoar os tendões flexores.

Como não apresenta a mesma destreza das demais falanges, isso pode provocar dores.

Há também o risco de perda de força no punho e restrição de movimentos no futuro.

O que você pode fazer: use mensagens de voz e o assistente vocal do iPhone, o Siri.

Respiração

Com os ombros caídos e a pressão da cabeça, o uso do celular força o tronco à frente.

Com este peso, são forçadas as vértebras torácicas.

Como as costelas não conseguem se expandir, é reduzida a capacidade dos pulmões e do coração.

O que prejudica a respiração e a circulação do sangue.

Ainda, quem digita textos tende a respirar devagar, ou até segurar o fôlego, o que estressa o ritmo dos batimentos cardíacos.

O que você pode fazer: programe-se para fazer pausas.

Nelas, alongue o corpo e faça exercícios de respiração, inspirando e expirando profunda e lentamente.

Mãos

Com os movimentos frequentes, usuários mais frequentes desenvolvem uma espécie de “garra” (“text claw”, em inglês).

Nesta condição, os dedos curam-se para dentro, o que leva a lesões de esforço repetido.

Como tendinite e síndrome do túnel carpal, quando o nervo que passa por esta região do punho fica comprimido.

O que você pode fazer: estique os dedos e faça alongamento com as mãos regularmente.

É hora de olhar para a frente.

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