Cardápio que provoca a siesta

Cardápio que provoca a siesta

Se você é acometida de um sono absurdo depois das refeições, atenção para o que encarou no cardápio. Estudo revela como alimentos ricos em proteína podem induzir o sono profundo fora de hora.

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A siesta é uma tradição na Espanha e em países latino-americanos.

O nome se refere àquela breve cochilada no início da tarde, geralmente depois do almoço.

Afinal, quem nunca?

Agora, uma nova pesquisa sugere que a culpa pode estar no cardápio.

Aparentemente, um maior teor de proteína e sal nos alimentos, assim como o volume consumido, pode levar a cochilos mais longos.

O estudo foi feito pelo Scripps Research Institute (Estados Unidos).

Nele, os cientistas observaram o sono e o comportamento alimentar de cobaias Drosophila melanogaster (moscas de frutas).

Com isso descobriram que, de forma muito semelhante aos seres humanos, as cobaias dormem por períodos mais longos após grandes refeições.

E que certos tipos de alimentos promovem sonolência pós-refeição.

Segundo um dos autores, Dr. William Ja, “há uma interação bem documentada entre sono e metabolismo da Drosophila, pelo qual as moscas suprimem o sono ou aumentam sua atividade quando sentem fome”.

“No entanto, os efeitos agudos do consumo de alimentos no sono ainda não foram testados, em grande parte porque não havia nenhum sistema disponível para fazê-lo”.

Gravações do comportamento das Drosophilas revelaram que, depois de uma refeição, as moscas dormem de 20 a 40 minutos antes de retomar o estado normal de vigília.

Para determinar se individualmente os nutrientes poderiam influenciar no sono pós-refeição, as cobaias foram alimentadas com proteína, sal ou açúcar.

Como resultado, apenas a proteína e o sal provocaram a sonolência.

A descoberta sugere que esta forma de sono pode de fato ser regulada por tipos específicos de alimentos.

Em seguida, procurou-se identificar o mecanismo pelo qual a alimentação direciona o sono pós-refeição.

Ao ativar e desativar neurônios no cérebro das cobaias, foi revelado que mais de um circuito neural desempenha o papel no controle desse comportamento.

E que estes circuitos cerebrais são sensíveis ao relógio interno, o que reduz a sonolência pós-refeição à noite, quando os animais precisam manter-se alertas.

Se podemos entender como o sono depois das refeições vem, ainda permanece incerto o por que isso acontece.

A conclusão, portanto, é de que mais estudos precisam ser feitos para determinar como esta particularidade do nosso metabolismo nos favoreceu durante a evolução da espécie.

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