Assim sem você

Assim sem você

Carro sem estrada. Queijo sem goiabada. Sou eu assim, sem você. A ciência acaba de confirmar o que já podíamos intuir. Segundo time de cientistas da Universidade de Missouri (Estados Unidos), longe de nossos smartphones ficamos… nada espertos e para lá de ansiosos.

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Ao sair apressada, verifique se o carregador não ficou para trás, ou mesmo o smartphone inteiro.

O risco não se limita à perda de algumas selfies ou check-ins.

De acordo com o estudo, recentemente publicado no Journal of Computer-Mediated Communication, ficar longe do iPhone torna as pessoas estúpidas.

Ficar desconectada torna tudo mais difícil.

E o que conseguimos executar não sai com capricho.

A ansiedade aumenta, junto com pressão do sangue, batimentos cardíacos e um grande mal-estar.

Os sentimentos de angústia são tão fortes, que levaram os psiquiatras a cunharem a palavra nomofobia —  uma combinação de “no mobile phone” (sem celular) e fobia.

No estudo, dois grupos deveriam completar testes de buscas de palavras.

Os voluntários do primeiro grupo completaram a tarefa com os smartphones na bolsa ou no bolso.

No segundo grupo, as coisas não saíram como planejado.

A ansiedade por não poder ter o aparelho por perto prejudicou sua performance.

A conclusão é a de que o apego ao gadgets móveis controla tanto nossa habilidade social como a confiança.

Os aparelhos dão a seus usuários a sensação de um prolongamento de suas personas (em inglês, “extended self”).

Significa acreditar que suas posses, inclusive no mundo virtual, podem tornar-se a extensão de si mesmas.

Em uma única palavra, auto-objetificação.

Seja no trabalho, na escola ou com a família e amigos, não poder interagir com o telefone nos torna piores.

Quando deveria ser justamente o contrário.

Quem sabe não seja a hora de encarar um detox digital?

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