Arroz vermelho, o grão do sertão

Arroz vermelho, o grão do sertão

Para perder peso, reinventei minha alimentação. Ao abrir mão de tudo que gostava antes, encontrei um novo universo para explorar. Emagrecer passa inevitavelmente pela pesquisa de novos ingredientes – como o arroz vermelho.

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Na pesquisa de alimentos mais leves e funcionais que nos auxiliem a conquistar uma boa forma, além de sabores encontro sabedoria. Tão gostoso quanto compartilhar receitas é contar as histórias que se revelam por trás de cada ingrediente “novo”. Que, de novo, não tem nada.

O arroz vermelho foi o primeiro a aparecer nas mesas brasileiras. Antes mesmo até das mesas. Esta foi a primeira variedade cultivada por aqui, ainda no século 16. No Maranhão, foi introduzido pelos açorianos por volta de 1620. O cultivo prosperou a ponto de fazer do Nordeste o maior produtor desse cereal no império português.

Até que, em busca de uma melhor produtividade, os lusos importaram do sul dos Estados Unidos as sementes do que hoje vemos por toda parte, o arroz branco. Por mais de 120 anos, ficou proibido plantar outra que não fosse esta espécie.

Por isso, hoje a lavoura é rara, concentrada nos estados do Nordeste. Assim como o seu sabor, considerado forte e marcante. Sua coloração vem do acúmulo de antocianina no grão. Esta substância possui importante ação antioxidante. Também traz em sua composição a monocolina, que pode ajudar a reduzir o nível de colesterol no sangue. Comparado com o arroz branco, tem três vezes mais ferro e duas vezes mais zinco. Melhora a circulação sanguínea, a digestão e o funcionamento do intestino.

Da próxima vez, inclua este item nas compras. Fica ótimo cozido com cubos de abóbora, em risottos, como acompanhamento de grelhados e até como salada.

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