Tecnologia protege a pele

Contra a exposição excessiva aos raios solares, dependemos de nossa intuição para nos proteger. Agora, gadget na forma de tatuagem temporária pode avisar quando a vulnerabilidade aumenta.

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Parece nonsense falar do assunto na primeira semana do inverno.

Mas basta inverter o mapa para esta conversa ganhar sentido.

Com o verão no Hemisfério Norte, aumenta a exposição ao sol para quem viaja de férias.

E aumentam as preocupações com os efeitos danosos dos raios UV – a radiação ultravioleta é potencialmente perigosa até em dias nublados.

Entre o bom senso e a falta de informação, ficamos vulneráveis.

Agora, a tecnologia e a indústria cosmética se aliaram para tentar nos ajudar.

O dispositivo My UV Patch é um adesivo para pele, aplicado de maneira fácil, como uma tatuagem temporária.

Resistente à água, o adesivo é tão fino (150 microns) que enruga junto com a pele.

Isso o torna o gadget de leitura da proteção contra rios UV menos intrusivo, ao ponto de configurar-se como algo além da tecnologia vestível.

Nos quadradinhos que compõem seu desenho, o adesivo contém corantes fotoativos, que mudam de cor quando a pessoa fica exposta a raios UV.

Estas cores diferentes criam um código para indicar diferentes níveis de exposição ao sol.

Mas, indicar como?

É quando entre em cena o smartphone.

Ao analisar uma foto do adesivo na pele, um app determina a quantidade de exposição que o usuário recebeu.

E recomenda, na tela do celular, reforçar o protetor ou sair do sol.

O lançamento é da La Roche-Posay, que pertence à Divisão Cosmética Ativa da L’Oreal.

A iniciativa marca a entrada da primeira empresa de beleza, com extensa pesquisa científica da pele, no campo da eletrônica.

Esta parece ser uma dos mais bem-sucedidos projetos que promovem a intersecção da tecnologia e beleza, com o uso de dispositivos conectados.

A ideia é usar a detecção fisiológica e reconhecimento de padrões algoritmos que medem alterações na pele ao longo do tempo para prevenir o aparecimento de manchas, o fotoenvelhecimento e doenças da pele.

Tudo parece muito simples, mas parece marcar o início de um relacionamento diferente entre o corpo humano e a tecnologia.

Se considerarmos que um ciborgue é um organismo no qual foi incorporado uma estrutura ou elemento cibernético, poderemos ter nosso primeiro colapso dos limites entre natureza e técnica sob o idílio de uma praia.

Segundo a L’Oréal, o dispositivo chega ao Brasil em agosto de 2016.

Por aqui, o invento é mais que bem-vindo.

Isso porque, ainda que 98% dos brasileiros estejam cientes dos problemas da exposição ao sol sem proteção, apenas 32% tomam providência e se protegem, independentemente da época do ano.

Dias ensolarados não nos faltam.

Por este motivo, proteger a pele passa de ser uma questão estética para algo muito maior.

A alimentação certa pode ajudar – e muito!

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Confira no vídeo a seguir como o sistema que combina adesivo na pele com app funciona.

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