Rótulos sob novo ponto de vista

Existem movimentos que advogam por mais clareza nos rótulos. Agora, nova proposta quer ver comunicado com destaque quantos minutos de exercícios são necessários para queimar as calorias de cada alimento.

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Os ingredientes dos produtos que compramos parecem respostas de palavras-cruzadas, sempre pequeninas e de cabeça para baixo, ou no verso.

O espaço e as informações ali dispostas não são cortesia dos fabricantes.

Na verdade, tudo que precisa explicar o conteúdo só aparece como fruto de brigas judiciais e legislativas.

Asteriscos, abreviações e percentuais não fazem sentido, não falam com todas as faixas etárias e, com isso, conduzem a uma desinformação.

Principalmente em relação ao conteúdo calórico e o tamanho das porções.

Para tornar mais claro o que representam os alimentos ultraprocessados em energia, de um modo que todo mundo entenda, a entidade britânica Royal Society for Public Health tem uma nova proposta.

Certamente, uma ideia que vai fazer todo mundo pensar duas vezes antes de abrir um refrigerante.

Afinal, você seguiria adiante ao saber que, para “queimar” uma latinha, são necessários 15 minutos de caminhada, 23 minutos pedalando ou 13 minutos de natação?

Para Shirley Cramer, diretora da entidade que promove a saúde pública na Inglaterra, estes novos símbolos podem ser classifcados como “equivalentes de atividade”.

O objetivo é estabelecer uma conexão imediata entre o conteúdo energético e a atividade física para lutar contra o sobrepeso e obesidade.

“Devido à simplicidade deste sistema, rótulos com equivalentes oferecem uma referência reconhecível e acessível a todos”, completou a diretora.

Segundo ela, como na Inglaterra mais de dois terços da população estão acima do peso, “precisamos desesperadamente inovar nas iniciativas para mudar o comportamento a nível populacional”.

Afinal, há pouca ou nenhuma evidência de que o atual sistema de rotulagem seja eficaz neste sentido.

Segundo pesquisa pública feita pela Royal Society for Public Health, quase a metade (44%) das pessoas classificaram as informações dos rótulos como confusas.

Mais da metade (53%) declarou que modificaria positivamente o comportamento diante de “equivalentes de atividade”.

Isso inclui fazer escolhas mais saudáveis à mesa, comer porções menores e fazer mais exercício físico.

A proposta foi publicada na revista científica British Medical Journal (BMJ).

Veja o equivalente de atividade de 10 alimentos processados 

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