Qual será o futuro da nutrição?

O futuro da nutrição

O futuro da nutrição corre risco. Pesquisa revela que crianças acham que mandioquinha cresce em árovres, peras só nascem aos pares e o presunto não vem do porco.

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Que as novas gerações comem mal, disso já sabemos.

Com a vida moderna que nos afasta cada vez mais do ambiente onde são produzidos os alimentos, muitos dos jovens não sabem de onde vêm o que encontram diante de si na hora das refeições.

Este afastamento faz com que as crianças percam contato com a origem dos alimentos naturais, o que influencia em suas escolhas quando adultas.

Parece bobagem, mas não é.

Uma recente pesquisa mostra o tamanho da desinformação.

O estudo foi realizado pela entidade britânica Allergy Adventures, que visa proporcionar alimentação de qualidade a pessoas com alergias alimentares.

A pesquisa também foi feita pela Genius Gluten Free, organização que divulga alternativas alimentares às pessoas intolerantes ao glúten.

Através dela tomamos cohecimento que 10% das crianças entrevistadas acreditam que a mandioquinha cresce em árvores.

Uma em cada 10 crianças não tem a menor ideia de que ervilhas se desenvolvem em vagens.

O mesmo número não acredita quando lhes dizem que o presunto vem dos suínos.

Sete por cento dos petizes com oito anos de idade creem que os enroladinhos de salsicha são feitos com salsichas que rolam por uma ribanceira de farinha.

Um quinto das crianças não têm noção de que manteiga tem origem animal – 7% delas acredita que seja fabricada em supermercados.

O absurdo é tanto que seis por cento acreditam que chocolate cresce em árvores em quadrados perfeitos, que é como encontram o produto.

Segundo Lucinda Bruce-Gardyne, fundadora do Genius Gluten Free, “é importante que as crianças aprendam de onde vêm os alimentos, e que sejam informadas sobre os sintomas associados a diferentes alergias causadas por alguns deles”.

A pesquisa também revela como alergias alimentares têm impacto negativo sobre as crianças na escola, com metade alegando que os colegas que delas sofrem perdem ao não poderem comer um bolo de aniversário, por exemplo.

Pouco mais de 14% disseram que colegas com alergias perdem por não poderem comer sanduíches na hora do recreio.

O estudo revelou que poucas crianças aprendem a cozinhar, o que pode explicar por que mais de um terço delas não sabe como itens simples, como o pão, são feitos.

Apesar do fato de que 80% das crianças britânicas em idade escolar têm colegas com alergias alimentares, mais da metade declarou nunca ter sido orientada sobre o assunto

Quase um quatro das crianças pensam que aquelas com alergia a ovos ainda possam comer o alimento, se for preparado na forma de omelete, e um quinto acha que os alérgicos a amendoim possam comer manteiga feita com ele.

Glúten em particular parece ser uma palavra de outro idioma para a maioria, com 56% não fazendo a menor ideia do que seja.

A pesquisa foi feita com 2.10 crianças, com idades entre sete e 11 anos de idade.

De acordo com Hailey Phillips, da Allergy Adventures, “muitas crianças têm alguma forma de alergia, e diagnosticar este problema pode ser um desafio e uma experiência traumática, tanto para elas quanto ara seus pais”.

É claro que não precisa ser assim, e o melhor remédio neste caso é a informação.

Lá como cá, é razoável pensar que esta desinformação também atinja as crianças (e pais) do Brasil.

Por isso, é necessário aproximar os pequenos de como são produzidos os alimentos.

Manter em casa uma pequena horta, ou promover passeios a fazendas e plantações, pode ser, além de educativo, um divertido programa.

Esta matéria foi inspirada em informações divulgadas pelo site do jornal Daily Mail – leia na íntegra aqui (em inglês).

Imagem: Shuttertock

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