Movimento contra preconceitos

Categoria: Pense

Se, por um lado, pessoas fora dos padrões estéticos enfrentam cobrança da sociedade, por outro observa-se que estes mesmos padrões encontram-se em xeque. Contra preconceitos, nada melhor que rever os nossos conceitos.

Autoaceitação é um assunto que tem ganhado crescente interesse.

A questão vem à tona sempre que se aborda a beleza real.

O tema tem sido muito utilizado nos discursos de aceitação da diversidade e promoção da inclusão social.

E na linguagem publicitária.

Um misto de tudo isso é o que podemos encontrar no vídeo produzido pela marca de roupas femininas plus size, Penningtons.

Nele, o próprio nome evidencia uma provocação.

Entitulado Why Plus Size Women Shouldn’t Do Yoga (“Por que mulheres plus size não podem fazer yoga”), o vídeo mostra exatamente o contrário.

A cada afirmação que aparece na tela, como dizer que pessoas acima do peso não são flexíveis, é exibida uma imagem de Dianne Bondy.

A praticante de yoga desafia este e outros preconceitos, com movimentos que poucas pessoas em forma conseguiriam fazer.

O vídeo utiliza a hashtag #iwontcompromise (algo como “eu não me acomodo”), que deve ser utilizada por quem encare a vida sem se acomodar com limites e expectativas impostas por terceiros.

A intenção é empoderar quem luta contra o estigma de estar acima do peso ideal.

Só me preocupa o caráter de normalização da obesidade que peças como esta podem sedimentar.

É preciso combater os estereótipos que expectativas irreais estabelecem, que podem provocar conflitos internos e depressão em tanta gente.

Mas o limite entre orgulho próprio e a saúde não deve ser confundido.

A ideia é que beleza e autoconfiança vêm em diversos tamanhos, mas também devem se sustentar por muito tempo.