A expressão da saúde

Literalmente, está na cara. Para quem sabe ler os sinais, as expressões faciais que adotamos nas discussões podem predizer o que se passa internamente com a nossa saúde.

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No calor de uma discussão, você explode ou se retrai?

Se seu tipo é mais temperamental, são esperadas caras dramáticas e gestos com os braços e as mãos.

Para as mais contidas, a expressão gelada está nos lábios pressionados e sem cor.

Estes são sinais para os quais prestemos muita atenção.

Mas especialistas ressaltam que as expressões corporais em momentos de crise podem revelar problemas de saúde no futuro.

É o que revela um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley (Estados Unidos).

O trabalho utilizou informações e vídeos de casais, entrevistados juntos e separadamente, ao longo de 20 anos.

Foram levados em consideração variáveis como idade, nível educacional, prática de exercícios, hábitos de tabagismo e consumo de álcool e cafeína.

Para rastrear demonstrações de raiva, foram monitoradas as conversas gravadas em vídeo em busca de comportamentos.

Desta forma, foram revelados padrões.

A raiva, por exemplo, se revela em lábios apertados, sobrancelhas arqueadas e vozes levantadas ou abaixadas além do tom normal.

Já no comportamento frio se observam rigidez facial, tensão do pescoço e pouco ou nenhum contato visual.

A partir daí, foram cruzados dados.

Como resultado, descobriu-se que reações explosivas indicam propensão dores no peito, hipertensão e problemas cardiovasculares.

Já o silêncio raivoso pode indicar risco de dores das costas, torcicolos e problemas de tensão muscular em geral.

“Estas descobertas revelam um novo patamar de precisão em como as emoções estão ligadas ao estado de saúde”.

A explicação é de um dos autores do estudo, Dr. Robert Levenson.

“E como nosso comportamento ao longo do tempo pode prenunciar problemas”.

Esta é uma das inúmeras maneiras que nossas emoções revelam ser janelas através das quais podemos vislumbrar informações importantes sobre a quantas anda a saúde.

O estudo foi publicado no periódico científico Emotion.

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