Desnutrição escondida

Uns com tanto, os mesmos com tão pouco. Parece incrível que seja verdade – mas, infelizmente, é. Estudo revela que a maioria dos obesos é malnutrida. Segundo pesquisa, faltam fibras e nutrientes básicos na dieta de quem não cabe mais nada no prato. 

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Baseada na divulgação de um restudo recente, uma das maiores especialistas em nutrição e obesidade dos Estados Unidos, a Dra. Sally Norton, afirma que o número de pessoas ao mesmo tempo acima do peso e malnutridas no país é “escandaloso”.

Isso mesmo: na hora em que pensar em desnutrição, esqueça por um momento as tradicionais fotos de vítimas da fome para incluir na categoria cinturas aparentemente mais “prósperas”.

Uma dieta à base de pizzas, batatas fritas, pasta, arroz e bolos é rica em calorias, mas proporcionalmente pobre em nutrientes essenciais – as chamadas “calorias vazias”.

Aparentemente, apenas 11% da população americana atinge a recomendação de consumo diário de fibras. E apenas 5%, a de potássio. A maioria também não consome o esperado montante de vitaminas A, C e D, cálcio e ferro.

Segundo a doutora, a culpa é também da classe médica, por focar no tratamento das consequências, ao invés de atuar nas causas da obesidade.

Um dos motivos é o ensino tradicional, bem como o incentivo dos laboratórios, interessados em vender medicamentos contra diabetes tipo 2, colesterol alto, problemas do coração e outras condições decorrentes do acúmulo excessivo de gordura abdominal.

Isso porque são poucos os que combatem a má nutrição destes casos através da alimentação saudável. Bastaria seguir uma das máximas de Hipócrates, o pai da medicina, que recomendou há mais de dois mil anos: “deixe a comida ser seu remédio”.

Má nutrição pode gerar uma série de sintomas, como queda de cabelo, perda de músculos, letargia e fome – o que pode disparar um ciclo vicioso que ocasiona o consumo de mais calorias vazias.

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