Desligando a obesidade

Em um experimento inédito, cientistas criaram cobaias “à prova de obesidade”, mesmo com dietas ricas em gordura. É grande a esperança de que o tratamento tenha sucesso entre humanos.

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Na maior parte de história, a espécie humana passou fome.

Assim, nosso corpo foi “treinado” a transformar a energia dos alimentos em gordura.

Esta era uma forma de armazenar o que consumimos.

Hoje, esse mecanismo se tornou um enorme problema, que ameaça milhões de pessoas.

A ciência se esforça em ajudar a controlar a atual pandemia de obesidade.

Neste sentido, um dos esforços mais promissores vem daa Universidade de Copenhagen (Dinamarca).

Em uma nova pesquisa, os cientistas conseguiram inibir a capacidade do corpo de armazenar gordura.

Ao menos, em cobaias.

Em um teste, ratos de laboratório foram divididos em dois grupos.

No primeiro, os animais tiveram desligadas a enzima NAMPT no tecido adiposo.

O segundo grupo, de controle, reuniu apenas animais normais.

Todos receberam uma dieta rica em gordura, equivalente a de humanos continuamente comendo fast food.

Como resultado, os animais do primeiro grupo não engordaram.

Além disso, os camundongos sem NAMPT mantiveram melhor controle da glicose no sangue que os ratos normais.

Aparentemente, a enzima é fundamental para a função metabólica do fígado aos músculos esqueletais.

Agora, esta nova pesquisa mostra que é crucial para a função do tecido adiposo.

O tecido adiposo aglomera-se em depósitos espalhados por todo o corpo.

Muitos são pequenos e têm uma função estrutural, como nas pontas dos dedos.

Outros existem em associação com toda a pele, o conhecido tecido adiposo subcutâneo.

Existe ainda a gordura associada aos órgãos – e é aqui que mora o perigo.

A acumulação de gordura visceral está associada a diversas patologias e, assim, maior mortalidade.

Então, bastaria desligar o NAMPT para resolver o problema?

Por estar implicada em muitas outras funções corporais, parece não ser tão simples.

Mas a descoberta aponta caminhos que futuras pesquisas devem percorrer.

O estudo foi publicado no periódico científico Molecular Metabolism.

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