Comer devagar emagrece

Comer devagar emagrece

Na vida apressada que levamos, sentar à mesa e apreciar uma refeição é praticamente um luxo ao qual não podemos nos permitir. No meio desta correria e do stress, como podemos perder peso? Estudo aponta uma saída: comer com calma reduz as calorias ingeridas.

No estudo, publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, foram pesquisados dois grupos: um de pessoas com peso ideal e outro, formado por pessoas acima das medidas. Todos foram observados enquanto alimentavam-se da maneira usual, de forma lenta e também quando apressados. Segundo a autora do estudo, Meena Shah, professora do departamento de cinesiologia da Texas Christian University (Estados Unidos), uma das razões seria a de que, mastigando devagar, estamos mais sensíveis e atentos para equilibrar a fome com a vontade de comer.

É um processo biológico. Comer devagar estimula o maior consumo de água durante a refeição, o que ajuda a preencher o estômago. O grupo de peso ideal tomou 27% mais do líquido, e o segundo grupo, 33%. Na experiência, a refeição mais lenta durou 22 minutos. Neste caso, as dentadas e bocados levados à boca foram menores e o cardápio, melhor saboreado. Já na mais acelerada, que durou em média nove minutos, os pedaços consumidos foram maiores e a mastigação, irregular e apressada. O resultado: pessoas com peso ideal consumiram 88 menos calorias. Enquanto pessoas com sobrepeso, embora tenham ingerido menos que o primeiro grupo (o que é um bom sinal apontado), registraram redução de apenas 58 calorias por prato – o que, cientificamente, não é considerado significante.

Tudo tem a ver com o ritmo de vida que levamos. Na década de 1970, apenas 15% da população americana encontrava-se obesa. Avaliado em 2010, este número mais que dobrou, chegando a 36%. Ou seja, o segredo é planejar o horário de comer. Adiantar o serviço, convidar a pessoa certa e desligar o telefone são algumas das coisas que você pode fazer. E bom apetite!

Ouça o podcast (em inglês), com entrevista com cientista da Texas Christian University sobre o assunto.

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