Altamente vulneráveis

Alguém espirrou no avião. Afaste-se. E para bem longe. Vídeo feito pela indústria da aviação mostra como partículas expelidas se espalham por toda a cabine. A mensagem é que não há para onde fugir – mas com o conhecimento está sendo desenvolvida a solução.

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Muitas vezes, a exposição ao risco vem em viagens longas. Em outras, uma ponte aérea basta para causar um estrago na saúde.

Através de uma simulação computadorizada, pesquisadores da Universidade de Purdue (Estados Unidos), em parceria com a empresa ANSYS, é possível ver com clareza o que acontece na cabine de um avião quando alguém espirra.

No modelo virtual, centenas de partículas coloridas são propelidas no ar, criando uma nuvem que viaja sobre a cabeça dos passageiros, até que o efeito se dissipa, afetando com maior intensidade quem se encontra ao redor da pessoa doente.

O objetivo do estudo é determinar os padrões de deslocamento de patógenos em ambientes coletivos pressurizados, como os aviões comerciais.

Modelos computacionais da dinâmica dos fluidos ajuda a simular o comportamento do fluxo do ar, para ajudar engenheiros e agentes de saúde a mapear como agentes infecciosos se distribuem a 39 mil pés de altura.

A preocupação não é com o Ebola, que não se transmite pelo ar, mas a simples gripe. De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças, ela é a causa de 49 mil mortes por ano nos EUA.

Nos aviões, o ar é sugado por aberturas no teto e bombeado de volta por outras, localizadas na altura dos pés. Geralmente, este processo é acionado a cada dois minutos.

Com este conhecimento, são simulados potenciais obstáculos à circulação do ar, como a presença e o movimento dos passageiros e tripulação. A partir daí são criados centenas de cenários para prever a trajetória dos germes.

Os resultados apontam para mudanças, que são recomendadas aos órgão federais e companhias aéreas.

Confira a simulação feita, no vídeo a seguir.

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