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Começar é mais difícil que se imaginava. Segundo um novo estudo, as pessoas que se sentem julgadas pelo peso ou aparência não passam sequer na porta da academia.
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Frequentar a academia é uma eterna luta contra a preguiça.
Mas existe outro fator, ainda mais poderoso.
Quem se sente julgado pelo peso ou aparência tem 60% mais chances de permanecer sedentário.
E 30% menos probabilidade de malhar pelo menos uma vez por semana.
As estimativas vêm de um estudo do University College London (Inglaterra).
E consolidam exemplo de como os sentimentos de discriminação afetam a saúde pública.
Para chegar a esta conclusão, foram analisadas informações de mais de 5.400 homens e mulheres.
Todos tinham 50 anos de idade ou mais.
Os pesquisadores focaram na prática de exercícios e sentimentos de discriminação.
Como resultado, quanto mais pesavam, mais provável era que se sentissem mal com os julgamentos sobre sua forma.
Entre as pessoas no estudo que relataram sentirem-se discriminadas, 10% não fizeram atividade física regular.
E 18% fizeram atividade física leve, ao menos uma vez por semana.
As taxas de inatividade e atividade leve foram mais baixas entre quem não relatou discriminação (8% e 14%, respectivamente).
“Às pessoas que sofreram discriminação relacionada ao peso falta confiança necessária para se exercitar em público”.
A declaração é da autora do estudo, Dra. Sarah Jackson.
“Elas passam a acreditar nos estereótipos negativos contra si mesmas, e deixam de tentar conquistar uma boa forma”.
Por este motivo, as intervenções que visem diminuir a discriminação podem ter maior impacto que as que incentivam a perder peso.
O estudo foi publicado no periódico científico BMJ Open.
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