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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
A tendência é comer cada vez menos carne vermelha. Então, que cada vez que estiver no prato, que seja a melhor e mais nutritiva possível. Este é o pensamento por trás deste hambúrguer sem culpa.
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Pode a epítome da alimentação ocidental ser mais saudável?
Este é o objetivo do Centro Tecnológico da Carne, localizado em Ourense (Espanha).
É lá que José Manuel Lorenzo, pesquisador e professor associado da Universidade de Vigo, torna o objetivo possível.
A notícia foi dada pelo jornal La Voz de Galícia.
“Mudar a formulação de qualquer produto cárneo não é uma tarefa fácil, pois a gordura tem papel fundamental”, explica.
Porém, após dois anos de estudos, essa equipe, que trabalha em rede com especialistas de 18 países dentro do programa Carne Saudável, conseguiu acertar ao substituir toda a gordura animal por óleos vegetais e marinhos de algas.
O primeiro obstáculo que enfrentaram foi o aspecto visual.
Para conseguir que fosse o mais próximo de um hambúrguer bovino convencional, optaram por fazer uma emulsão do óleo que deve ser incorporado com água e depois gelificado com alginato.
O resultado foi um hidrogel com aparência e comportamento frente a diversos processos industriais praticamente idênticos ao da gordura animal.
Depois dessa fase, o fundamental era conseguir um óleo com perfil nutricionalmente perfeito.
As algas tinham, conforme resumiu José Manuel Lorenzo, alto teor de ácidos graxos ômega-3, principalmente EPA e DHA, que são vitais para a prevenção de múltiplas doenças.
“Os hambúrgueres reformulados mostraram uma redução de 40% no teor de gordura e de 36% nos saturados”.
Vale ressaltar também que o teor de vitamina E aumentou.
Existem diferenças no sabor do produto final?
Em testes, o produto recebeu nota muito semelhante ao hambúrguer feito com gordura animal.
“Isso nos permite garantir que a criação de um hidrogel com óleo de algas marinhas pode ser uma estratégia viável e boa para o desenvolvimento de um hambúrguer saudável”.
Pois a estratégia “aumenta muito a qualidade nutricional do produto sem afetar a qualidade sensorial e o sabor, e sem envolver modificação do processo de produção”, conclui o cientista.
Ainda deve demorar a vermos o hambúrguer com gordura de algas no mercado.
Ficamos na torcida para que este projeto de comida disruptiva consiga viabilidade.
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