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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Não é possível predizer o destino, mas talvez o seu cardápio. Projeto criativo reuniu chef e designers dinamarqueses para criar o prato do futuro, uma uniformização com diferentes ingredientes e métodos, que aponta a tendência da alimentação.
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O futuro da alimentação é um tema que mobiliza fazendeiros, industriais, economistas, cientistas, ambientalistas e designers.
O desafio é viabilizar o sustento de milhões de pessoas enquanto convivemos com a escassez de recursos, como terra fértil e água.
A ficção já nos mostrou cenários apocalípticos, onde comida enlatada vale mais que ouro.
A ciência tenta resolver a questão em projetos que visam produzir alimentos sem a presença da luz do sol.
Imaginar como nos alimentaremos antecipa a criação de soluções para a distribuição de alimentos e a busca de práticas agrícolas mais sustentáveis.
A fabricante sueca de móveis Ikea e o laboratório de design Space10 uniram forças para fazer este exercício do pensamento.
Assim nasceu o projeto Tomorrow’s Meatballs, que elegeu as almôndegas como o prato do futuro.
Trabalhando com o chef Simon Perez, os designers chegaram a oito propostas, diferentes maneiras de preparar almôndegas conceituais.
Além do conteúdo, mudam a forma.
É pelo design que buscam familiarizar-nos com o conceito de ingredientes alternativos, e abrir o debate sobre a diversidade alimentar.
E você, provaria uma por uma destas almôndegas?
Confira agora a galeria de sabores criados.
A base desta receita, a carne “artificial” foi criada em laboratório. A primeira vez que isso foi feito, em 2013, o custo para se produzir um hambúrguer foi de 325 mil dólares. Hoje, a mesma porção sai por 10 dólares. Hoje, trata-se de uma alternativa, mas no futuro pode ser uma realidade incontornável.
Um terço dos alimentos produzidos são descartados ou estragam. Para aumentar a segurança alimentar e a sustentabilidade da produção de comida, é preciso reduzir as sobras, incorporando-as a outras receitas.
Hortas urbanas coletivas ou feitas em casa estão em evidência e no futuro serão uma necessidade. Consumir alimentos produzidos na vizinhança representa um futuro alternativo ao modelo de abastecimento atual, industrializado e globalizado.
Alimentos enriquecidos serão mais comuns. E a dieta será encarada de modo fragmentado, como partes de uma fórmula: proteína, carboidratos, gorduras insaturadas, vitaminas e minerais. Alimentos fortificados são fundamentais em reverter a má-nutrição em muitos países e entre refugiados, situação que tende a se agravar.
Algas são as plantas que crescem mais rápido em todo o mundo, permitindo acesso constante a uma fonte de vitaminas, proteínas e minerais. E podem ser criadas em qualquer lugar, como penduradas na vertical em tanques.
A impressão de alimentos com tecnologia 3D tem potencial para poupar recursos escassos, como terra fértil e água. Ao revolucionar a produção, agrega nutrientes sob medida ao prato – é o futuro da nutrição customizada.
Grãos, nozes e castanhas continuam com grande reputação nutricional por proverem proteínas e micronutrientes por longos períodos. A tendência é que produtores locais dediquem-se ao cultivo de ampla variedade, unindo a diversidade à tecnologia.
O consumo de insetos para fins nutricionais não é novidade, sendo comuns em 80% dos países do mundo. Mais de mil espécies são comestíveis e contêm mais proteína e zero de gordura, comparados a carnes tradicionais.
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