A vida em dieta

Você olha ao seu redor e vê todo mundo recusando a sobremesa – e sofrendo com isso. Esta não é uma situação ideal, mas a pura realidade. Segundo estudo, mais gente que você pensa passa a vida em dieta.

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Segundo pesquisa da consultoria inglesa Mintel, 57% das mulheres tentou fazer dieta nos últimos 12 meses.

Quanto ao sexo oposto, 39% dos homens envolvem-se neste esforço cotidiano.

Como são duas em cada três que admitem estar tentando perder peso o tempo todo, a soma revela que o estado de dieta permanente atinge mais de um terço da população feminina naquele país.

Essa insatisfação criou uma indústria lucrativa de dietas milagrosas e superalimentos, que atrai a atenção (e o dinheiro) de uma em cada três pessoas, que dizem-se interessadas em tentar produtos que prometam centímetros a menos na cintura.

Entretanto, estas mesmas pessoas não prestam tanta atenção ao que consomem – ao menos, não tanto quanto acreditam.

Uma significativa proporção declarou que não sabe quantas calorias consome em um dia.

A pesquisa descobriu que uma em cada três mulheres estão desatentas neste quesito.

Entre as que controlam a ingestão calórica, um terço disse que consome mais que as recomendadas duas mil calorias/dia.

Entre os homens, a proporção dos que falham no controle das calorias ingeridas é um pouco maior, com um em cada cinco comendo mais que as recomendadas 2.500Kcal/dia.

Isso acontece mesmo que a maior parte dos alimentos informe nos rótulos seu conteúdo em calorias.

De acordo com o pesquisadora-chefe Emma Clifford, “é surpreendente o quanto os consumidores tentam perder peso, mesmo consumindo conscientemente mais do que devem”.

“Nossa pesquisa revela que muitos não mantêm o controle de seu consumo e, talvez, não estejam cientes de quantas calorias devam consumir, ou até mesmo do valor calórico de alimentos comuns”.

“Isso prova a confusão em torno deste indicador-chave de gestão de peso”, concluiu.

A crescente preocupação sobre o açúcar se reflete na pesquisa, que entrevistou dois mil adultos, já que a maioria presta mais atenção a rótulos que indicam baixos níveis desta substância que aqueles que identificam menor teor de gordura.

Historicamente, a gordura na alimentação tem sido a maior vilã das dietas, e o macronutriente mais associado à gordura corporal.

Entretanto, a mesa virou e o nível de açúcar tomou o posto, o que significa um aumento da vigilância sobre o consumo desta substância.

Os consumidores também mostram-se dispostos a desembolsar em busca de um corpo melhor, com um terço deles acreditando que vale a pena pagar mais por alimentos altamente nutritivos.

A tendência está sendo impulsionada por pessoas mais jovens, com quatro em cada dez entre 16 e 34 dispostos a pagar mais por alimentos ricos em vitaminas.

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