Viagem positiva
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Já se foi o tempo em que eles eram exclusivos dos hippies. Agora, um novo estudo aponta os cogumelos “mágicos” como uma possível cura natural da depressão.
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Quando se fala em cogumelos alucinógenos, difícil não pensar nos anos 1970.
Nesta época de experimentações, os fungos foram usados como droga.
E foram reprimidos como tal.
Preconceito e desconhecimento desestimularam as pesquisas com estes poderosos alimentos.
Até recentemente.
Agora, um novo estudo indica que esta classe de cogumelos pode ajudar a tratar a depressão.
A droga psilocibina, encontrada em cogumelos, pode “redefinir” os circuitos do cérebro.
E assim ajudar a aliviar os sintomas.
A pesquisa foi feita pelo Imperial College London (Inglaterra).
Os cogumelos “mágicos” contendo psilocibina podem causar alucinações.
Este elemento químico é classificado como droga ilegal Classe A no Reino Unido.
Como seu uso é proibido, os cientistas obtiveram permissão para realizar um experimento com voluntários.
Foram escolhidos participantes que não obtiveram sucesso com tratamentos tradicionais.
A eles foram administradas doses de 10mg e 25mg de psilocibina com sete dias de intervalo.
Todos foram submetidos a tomografia computadorizada do cérebro.
Como resultado, as imagens mostraram que os circuitos neurais foram “reiniciados”.
Houve redução da atividade em partes do cérebro envolvidas no processamento de respostas emocionais, estresse e medo.
Isso tirou os participantes de seus estados depressivos “imediatamente”.
Em alguns casos, o efeito durou até cinco semanas.
Mais estudos são necessários para verificar se o efeito pode ser reproduzido em mais pacientes.
Mas não vá catando qualquer cogumelo por aí.
Ninguém deve se automedicar, muito menos com drogas psicoativas.
Então, qual o propósito deste estudo?
Seu valor é preparar um cenário.
Nele, outras drogas devem ser consideradas para proteger as pessoas de efeitos nocivos da depressão.
O estudo foi publicado no periódico Scientific Reports.
Para entender um pouco mais sobre depressão e sua cura – clique aqui.
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