Variar é o segredo da boa forma

Cansada de não ver resultados depois de percorrer quilômetros na esteira? O segredo está em variar. Estudo revela que para se exercitar o suficiente, melhor se envolver em três atividades diferentes por semana.

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Mesmo antes da quarentena imposta pela Covid-19, já não nos exercitávamos o suficiente.

Em 2019, 46% da população brasileira estava sedentária, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Tamanha inatividade põe o Brasil como o 5º país mais sedentário do mundo.

Pensando no pós-pandemia, a maioria de nós está repensando essa atitude.

E queremos fazer valer a pena todo e qualquer esforço.

Para compensar o tempo perdido na voltar à malhação, melhor adorar uma abordagem diferente (e mais eficaz) para aumentar o nível de atividade.

A recomendação vem de um estudo da Faculdade de Enfermagem Rory Meyers, da Universidade de Nova York (Estados Unidos).

A dica é nos concentrarmos em uma variedade maior de exercícios.

Na pesquisa, foram analisados os padrões de atividade física de mais de 9 mil adultos.

Os dados foram colhidos pela Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, feita regularmente naquele país.

Entre as informações, foi destacado o total de minutos de exercício e o número de atividades diferentes realizadas pelas pessoas.

Em seguida, os números foram cruzados.

E assim foi constatado que quase a metade da população não havia realizado nenhum tipo de exercício físico no mês anterior (44%).

Entre os que se exercitaram, a caminhada foi o exercício mais popular, praticado por 30% dos entrevistados.

Seguiu-se ciclismo (9,5%), dança (7,5%), caminhada e corrida em esteira (7,4 %) e levantamento de peso (6,9%).

No todo, foram registrados 47 tipos diferentes de atividade física.

Entretanto, a principal descoberta foi outra.

Os indivíduos que fizeram mais tipos de exercícios também acumularam mais exercícios totais.

Em outras palavras, embora caminhar seja bom, é ainda melhor misturar caminhada com natação ou dança, por exemplo.

Ou as três atividades conjuntamente.

O estudo revelou que quem se engajou em três ou mais atividades diferentes por mês apresentou maior probabilidade de realizar 150 minutos de exercício por semana, do que aqueles que realizam apenas uma ou duas atividades.

“Talvez as diretrizes atuais enfatizem demais a frequência e o volume do exercício”, na opinião de uma das autoras do estudo, Susan Malone.

“Se focarmos as pessoas em mais variedades de exercícios, elas poderão ter mais sucesso em atingir as metas”.

O trabalho foi publicado em janeiro (2020), na revista científica Translational Behavioral Medicine.

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