Um país de obesos

Nosso país é superlativo em tudo, ainda mais em relação aos problemas. O Ministério da Saúde divulgou dados que revelam o estado da obesidade no Brasil. Segundo o levantamento, uma em cada cinco pessoas no país está acima do peso. Um crescimento de 60% em dez anos.

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Estou aqui, diuturnamente, fazendo a minha parte.

Outras centenas de pessoas e instituições empregam seus esforços na mesma luta.

Mas, infelizmente, os números mostram que caminhamos em sentido contrário.

O Ministério da Saúde divulgou dados recentes, que revelam o aumento da obesidade no Brasil – veja aqui.

A prevalência da doença passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016.

Os números são da pesquisa nacional Vigitel.

Foram entrevistas 53,2 mil pessoas, maiores de 18 anos, em todas as capitais brasileiras.

Como um fato puxa o outro, tivemos também o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão.

O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016.

O de hipertensão, no mesmo período, saiu de 22,5% para 25,7%.

Em ambos os casos, as mulheres são a maioria.

O índice de obesidade aumenta com o avanço da idade.

Mas, mesmo entre entre os brasileiros de 25 a 44 anos, o indicador é alto: 17%.

O excesso de peso também cresceu entre a população das capitais.

Passou de 42,6% para 53,8%.

A pesquisa também mostra a mudança nos hábitos alimentares dos brasileiros.

Estamos consumindo menos ingredientes considerados básicos e tradicionais.

O consumo regular de feijão diminuiu 67,5%, em 2012, para 61,3%, em 2016.

E apenas um entre três adultos consome frutas e hortaliças em cinco dias da semana.

O quadro é um retrato da evolução da sociedade brasileira no mesmo período.

Enquanto tivemos o crescimento econômico, a falta de planejamento causou um grave problema.

Antes tínhamos no Brasil a desnutrição.

Agora, estamos entre os países com as maiores prevalências de obesidade.

Ou seja, embora fale sobre a minha própria reeducação alimentar, e compartilhe receitas leves e saudáveis, minha missão está longe de terminar.

Não posso ficar frustrada com a aparente inocuidade de todo o meu esforço.

Pelo contrário.

Esta pesquisa me motiva ainda mais.

Em seguir pesquisando sabores, ingredientes, receitas e hábitos que ajudem, seja a você ou a alguém próximo, nesta luta.

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