Tudo a perder

Obviamente, quem tem uma dieta saudável está feliz com sua escolha. O perigo é achar que merece um prêmio na hora da sobremesa e por tudo a perder.

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Comer vegetais, frutas, peixes e grãos integrais é o que constitui a chamada dieta mediterrânea, considerada a mais saudável.

Diversos estudos já atestaram que tais itens podem afetar positivamente a saúde de uma pessoa.

Mas, quando este hábito tão elogiável é combinado com frituras, doces, grãos refinados, carnes vermelhas e processadas, os benefícios diminuem.

É o que revela um estudo do Rush University Medical Center (Estados Unidos).

Nele, foram observados 5.001 em adultos com mais de 65 anos, entre 1993 a 2012.

A cada três anos, os participantes fizeram testes de avaliação cognitiva e memória.

Também responderam a um questionário sobre a frequência com que consumiam 144 alimentos específicos.

Com isso, foi analisado o quão próximo cada um aderiu a uma dieta mediterrânea.

E o quanto estiveram próximos à “dieta ocidental”, que inclui frituras, farináceos, doces, carnes vermelhas e processadas.

Por fim, foram cruzados os dados de alimentação e mudanças na função cognitiva geral, memória e velocidade perceptiva.

Como resultado, descobriu-se que os participantes com declínio cognitivo mais lento foram os que aderiram mais à dieta mediterrânea, juntamente com alimentos que fazem parte da dieta ocidental.

Enquanto os participantes que comeram mais da dieta ocidental não tiveram efeito benéfico do perfil nutricional dos alimentos saudáveis que comeram em menor quantidade.

Em resumo, quem teve a melhor alimentação revelou ter o cérebro 5,8 anos “mais jovem”.

“Para nos beneficiarmos de dietas como a mediterrânea, temos que limitar nosso consumo de alimentos processados e outros não saudáveis, como frituras e doces”.

A explicação é de uma das autoras do estudo, Puja Agarwal.

A pesquisa foi financiada por uma bolsa do National Institute on Aging.

E publicada na revista científica Alzheimer’s & Dementia.

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