Tem uma bike no seu caminho

A cidade tem cada vez mais ciclovias. Se estiver tomando coragem para adotar a bike para ir ao trabalho, aqui vai um incentivo. Estudo mostra o quanto abandonar o carro faz bem para o corpo.

Leia mais:

Capacete inteligente – Tecnologia torna pedalada mais segura
Vá de bike – Veja as vantagens de andar de magrela

A inatividade física é uma das maiores causas de sobrepeso e problemas decorrentes, inclusive morte prematura.

O problema é que estamos juntando episódios de sedentarismo, num imobilismo nunca visto na sociedade.

Saímos da cama para a mesa do escritório durante toda a semana, para mudar para o sofá em frente à TV aos sábados e domingos.

E há ainda o trânsito.

Sempre na correria, quase ninguém repara que os carros representam sedentarismo sobre rodas.

O custo para a saúde pública é incalculável.

Se a alternativa de duas rodas já lhe passou pela cabeça, um estudo publicado no The Lancet Diabetes & Endocrinology pode reforçar a decisão.

A pesquisa da Sogn og Fjordane University College (Noruega) analisou dados de mais de 150 mil pessoas na Inglaterra, com idades de 40 a 69 anos.

Dois terços do grupo dirigiam para o trabalho, todos os dias.

O estudo concluiu que a bicicleta, durante todo o trajeto ou em parte dele, foi o meio de transporte que mais proporcionou benefícios.

Pedalar até o trabalho (e voltar, é claro) representou uma queda de 1,7 no Índice de Massa Corporal (IMC), comparado com quem utilizou carro.

Caminhar todo o trajeto levou a uma queda de 0,98.

Contra a alternativa dos automóveis, sem considerar os aspectos ambientais, até utilizar o transporte público levou a perda de IMC (0,7).

Combinar transporte público com trechos de caminhada ou de bicicleta, o chamado “commuting”, levou a perda de 1 ponto no IMC – nesta modalidade, mulheres perderam 0,7.

Um Índice de Massa Corporal abaixo de 25 é considerado peso normal.

Acima de 25 é considerado sobrepeso.

Além de 30 é classificado como obesidade – calcule aqui seu peso ideal.

A conexão entre o transporte e IMC manteve-se independente de outros fatores como renda, educação, atividade física geral e condição de saúde.

Muitas pessoas que passam horas imobilizadas no carro poderiam conectar a casa com o local de trabalho, seja combinando uma caminhada até o ponto com o ônibus, ou de bicicleta por todo o trajeto.

Esta atividade física incidental envolvida no transporte público pode ter um efeito importante na sua saúde.

Segundo uma das autoras do estudo, Lars Bo Andersen, “muitas pessoas não se sentem atraídas para atividades físicas nos horários de lazer”.

“Adotar um transporte ativo pode, portanto, ser uma escolha importante e fácil para que as pessoas possam atingiram os níveis recomendados de atividade”.

Sem falar que não há nada mais bacana que chegar de bicicleta.

bike-1

Tags: , , , , , ,