Tem chip no queijo

Já vimos a fraude do pescado, do azeite de oliva e do balsâmico. Mas parece que vamos deixar de ver a do queijo Parmigiano Reggiano, que agora usa chip para provar autenticidade.

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Há fraude no atum, no tomate enlatado, no azeite, no balsâmico.

Mas um esforço tecnológico visa acabar com a falsificação do queijo parmesão.

Fabricantes italianos do queijo tipo Parmigiano Reggiano estão inserindo chips de rastreamento nas cascas de seus produtos.

A ideia visa evitar que produtores de outros locais, até mesmo fora da Europa, comercializem queijo parmesão como se fossem alimentos originais.

O desenvolvimento do projeto só foi possível pelo envolvimento de uma empresa holandesa especializa na fabricação de etiquetas comestíveis feitas à base de caseína — a principal proteína animal presente no leite de vaca.

Nesta película são inseridos microtransponders eletrônicos (tags) menores que um grão de areia.

Eles funcionam como uma etiqueta digitalizável para os alimentos, fornecendo informações sobre a origem do produto, sua composição e rastreabilidade em tempo real.

E seu consumo é seguro, sendo biodegradável.

Cada tag inteligente é armazenada em uma blockchain à prova de fraudes.

Afinal, só é parmesão legítimo o Parmigiano Reggiano.

Da mesma forma como o champanhe só pode ser originário da região de Champagne, um tribunal da União Europeia promulgou uma lei em 2008 dizendo que o queijo só pode ser vendido como “parmesão” se for produzido na região de Reggiano, na Itália.

Os chips vêm a calhar, já que a venda de parmesão falso representa um prejuízo de mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) para os italianos.

Vale a pena buscar o original?

Quanto ao sabor, com certeza.

Sobre comer algo confiável ainda mais.

Isso porque sabemos que há fraude com queijos ralados em geral – leia mais aqui.

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