Sentimentos emoldurados

Revelamos muito nas redes sociais. Agora, estudo revela como pessoas podem mostrar estarem deprimidas em suas fotos do Instagram, antes até que os médicos descubram. Leia mais: Internet ajuda ou…

Tempo de leitura: 4 min.

Revelamos muito nas redes sociais. Agora, estudo revela como pessoas podem mostrar estarem deprimidas em suas fotos do Instagram, antes até que os médicos descubram.

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Achamos que revelamos nas redes sociais apenas o que queremos que os outros vejam.

Na verdade, não é bem assim.

Um estudo da Universidade de Vermont (Estados Unidos) criou um algoritmo que pode prever depressão a partir das fotos postadas no Instagram.

A ideia é que o dispositivo consiga identificar casos e encaminhá-los para consultas a especialistas, antes mesmo que as pessoas sofram com os sintomas.

Pesquisadores da Universidade de Harvard também participaram do projeto.

Para chegar ao algoritmo, os cientistas avaliaram a saúde mental de 166 voluntários.

Em seguida, empregaram o algoritmo sobre as 43.950 fotos que este grupo postou no Instagram, buscando correlação com indícios depressivos nos indivíduos.

Aparentemente, pessoas deprimidas tendem a favorecer fotografias com tons de azul ou com pouca iluminação.

Ou, ainda, usam filtros preto e branco.

Elas também são mais propensas a publicar fotos com rostos, mas com menos rostos por foto.

Particularmente sobre esta tendência, isso pode significar duas coisas.

Uma delas é a necessidade de chamar atenção para si mesmo, incluindo a procura de aprovação.

A outra pode significar que a pessoa está passando menos tempo com a família e amigos.

Utilizando estes conhecimentos, o algoritmo conseguiu prever a depressão em 70% dos casos – melhor do que os 42% de precisão média dos médicos.

Segundo um dos criadores da ferramenta, Christopher Danforth, “isso é muito expressivo”.

“E é algo que pode ser incorporado em um aplicativo, ou no próprio Instagram”.

No entanto, acessar esses dados pode ser complicado para os médicos.

Isso porque a maioria dos médicos estão relutantes em ver os perfis de mídia social de pacientes, devido a preocupações sobre a confidencialidade.

Nada como o tempo para mudar comportamentos como este.

Afinal, utilizar informações que possam ajudar as pessoas é uma coisa boa que a tecnologia e as redes sociais podem proporcionar.

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