Selfies reversas

Selfies reversas

Esta mania de ficar literalmente pendurada no celular está cobrando seu preço. A cabeça para baixo força o músculo do pescoço e a elasticidade da pele mais fina do corpo. A vaidade das selfies provoca rugas (e cirurgias plásticas) mais cedo.

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Você passa horas ao celular? Pois parecem anos.

Ficar longos períodos ao longo do dia dobrando o pescoço para conferir os gadgets está mudando a saúde de milhares de pessoas – para pior.

O uso de aparelhos mobile (também tablets, mp3 players e e-readers) com a cabeça pendurada sobre os ombros afeta as primeiras vértebras da coluna cervical.

Segundo um estudo do Facebook, 79% das pessoas mantêm o smartphone consigo por 22 horas do dia. Considernado que a cabeça de um humano adulto pesa cerca de cinco quilos, podemos estimar os danos.

Os sintomas deste mal moderno, chamado em inglês de “tech neck” (literalmente “pescoço de tecnologia”) são dores de cabeça, pescoço e braço, podendo evoluir para artrite.

Mas os problemas não param por aí.

Segundo presidente da Academia Americana da Plástica Facial e Cirurgia Reconstrutiva, o hábito fez aumentarem vertiginosamente os casos de rugas no pescoço, incluindo as mulheres mais jovens.

Assim como o hábito de fumar marca em excesso as linhas ao redor dos lábios, o “tech neck” esgarça as fibras do platisma, o músculo que vai da clavícula até à porção inferior da mandíbula e sustenta o pescoço.

Compara à pele do rosto, a que recobre o pescoço é mais fina e, com isso, acusa o golpe da idade e do mau uso mais cedo.

Posta à prova desta maneira, a elasticidade da pele nesta região perde o viço precocemente.

A exposição aos raios UV e outros fatores externos também contribuem para piorar o quadro.

Nos Estados Unidos, este quadro tem levado mais mulheres às clínicas estéticas.

Como provavelmente você lê este texto no celular, não precisa jogar o aparelho na bolsa, nem sacrificar a beleza para terminar a matéria.

Filtro solar, hidratante e mudar a posição em que confere o celular podem ajudar a evitar os efeitos.

Ainda, desligar o aparelho entre amigos e família e mantê-lo longe da cabeceira fazem parte de um detox digital diário e necessário.

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