Segredos da carne

Mesmo vegetarianos admitem: é difícil resistir a um bife. Mas por que carne é tão gostoso? Com este segredo, espera-se tornar outros alimentos e até mesmo medicamentos mais saborosos.

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Mesmo quem já a deixou de comer não esquece seu sabor.

O prazer que se tem em comer carne é um mistério.

Que bem poderia ser empregado com outros propósitos.

Como, por exemplo, tornar agradável sabores amargos.

Esta é a ideia de um estudo da Universidade de Manitoba (Canadá).

Afinal, alguns alimentos amargos são extremamente saudáveis (como brócolis).

O mesmo acontece com alguns medicamentos.

A saída seria enganar o paladar, no que a carne tem muito a contribuir.

Os cientistas conseguiram usar peptídeos da carne para reduzir o amargor provocado pelos quininos, alcalóides de gosto amargo.

Nos humanos, os sabores amargos são detectados por 25 receptores, conhecidos como T2R.

Até hoje, poucos inibidores dos T2R haviam sido identificados.

Peptídeos criados a partir da quebra de proteínas alimentares, através de hidrólise enzimática, tinham a preferência da indústria.

Mas a nova fonte parece mais efetiva, o que testes feitos com uma “língua eletrônica” confirmam.

Como assim, língua eletrônica?

Empregar degustadores humanos pode não ser sempre saudável – e costuma ter custos elevados.

Por isso emprega-se a tecnologia.

A língua eletrônica emprega inteligência artificial, sensores e reconhecimento molecular para identificar compostos químicos.

E assim atestar com precisão além das preferências pessoais ou limitações físicas.

O processo é rigoroso, o que alenta esperanças quanto ao novo processo.

A expectativa é usar o recurso para tornar outros alimentos, e até mesmo os medicamentos, mais saborosos.

O estudo foi publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.

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