Sedentarismo sem saída

O sedentarismo é um círculo vicioso. Não é apenas a qualidade da programação que prende você no sofá. Segundo estudo que durou 25 anos, assistir a muita TV reduz a força de vontade.

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Quando sentamos para assistir uma série, é comum ficarmos para ver toda a temporada.

Os motivos podem ser o bom enredo ou a performance dos personagens.

Mas a ciência tem uma boa explicação.

Aparentemente, o sedentarismo rouba a força de vontade.

É o que afirma um estudo da Universidade da Califórnia em São Francisco (Estados Unidos).

Nele, foram acompanhados 3.247 voluntários ao longo de 25 anos.

A cada cinco anos, os participantes responderam sobre o que assistiam na TV diariamente.

E, a cada dois a cinco anos, os voluntários responderam sobre quanto exercício físico praticaram.

Ao fim de 25 anos, os participantes encontravam-se entre 40 e 50 anos.

Nesta ocasião todos fizeram testes que aferiu sua memória, foco e agilidade física e mental.

Como resultado, quem praticou poucos exercícios ou assistiu ao menos três horas de televisão por dia teve os piores resultados nos testes de foco e velocidade do pensamento.

Já se sabe dos problemas causados à saúde pela falta de atividade.

Mas danos ao cérebro estão sendo avaliados somente agora.

Se a TV “emburrece”, nenhum programa se salva?

Gostamos de imaginar que documentários ou filmes europeus nos deixam mais inteligentes.

E é certo que conteúdo com este perfil estimula a cognição.

Entretanto, ainda é incerto afirmar que uma programação seja menos prejudicial que a outra.

Diante do fato de que seja, efetivamente, prejudicial.

A questão é o que acontece com uma pessoa em seus 50 anos, quando mudanças, por pequenas que sejam, têm suas consequências amplificadas.

Em estudos anteriores, já foi observado que a prática de exercícios físicos pode proteger o cérebro contra o mal de Alzheimer ou demência.

Talvez assistir a menos TV possa trazer benefícios correlatos em fases avançadas da vida.

Diante destas informações, cabe a você formular suas escolhas.

Encarar uma maratona de seriados de TV, um bom livro ou uma volta no parque – o que pode ser ao mesmo tempo prazeroso e mais saudável?

O estudo foi publicado na revista científica JAMA Psychiatry.

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