Sal e imunidade contra a Covid-19

Ficar em casa protege, mas também nos expõe. Isso porque o sal consumido a mais na pandemia enfraquece a imunidade. Quando mais precisamos estar fortes para evitar a Covid-19.

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Uma dieta rica em sal não leva só a uma hipertensão e suas consequências.

E também prejudica o sistema imunológico, de acordo com um novo estudo da Universidade de Bonn (Alemanha).

Nele, voluntários que consumiram 6 gramas adicionais de sal por dia (equivalente a duas refeições de fast food) apresentaram graves deficiências imunológicas.

Para fortalecer a imunidade contra a Covid-19, deveríamos comer menos sal, certo?

Entretanto, o registro é de aumento do consumo na quarentena.

À medida em que o isolamento segue, duas tendências alimentares – mais dinheiro gasto em refeições fora de casa e o aumento da compra de alimentos frescos ou orgânicos – foram invertidas.

Muitos restaurantes fecharam e os campeões das compras online são alimentos processados, em vez de orgânicos e integrais.

Em março, as vendas da sopa em lata Campbell subiram 59% em relação ao ano anterior, nos Estados Unidos.

Como sabemos, ou como sempre esquecemos, é alta a quantidade de sal “escondido” nesta categoria de alimentos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda até 5 gramas de sal por dia (ou 2 g de sódio, mineral que compõe o sal).

Antes da pandemia, o brasileiro já ingeria quase o dobro disso: em média 9,34 g (Fundação Oswaldo Cruz, 2019).

O consumo excessivo de sal está associado à hipertensão, causa direta e indireta de várias outras doenças crônicas, como as cardiovasculares e renais.

E também à retenção de líquidos, um fator a mais que nos impede de emagrecer.

Mas o risco vem de outro lado, principalmente da “pãodemia” – leia mais aqui.

Devido ao hábito crescente de cozinhar em casa, temperamos mais.

Pesquisa da Nielsen em supermercados brasileiros revelou aumento nas vendas de temperos prontos (36%) e temperos de mesa (21,8%), do início do ano até 14 de junho, em relação ao mesmo período no ano anterior.

Desta forma, preparar a própria comida tem elevado as vendas de sais mais gourmetizados.

Nesta categoria estão o sal rosa do Himalaia, os defumados, a flor de sal e o sal em pedras.

Relatório da líder varejista britânica, Tesco, revela que a demanda por diferentes variedades aumentou em até 2.600%.

Nas lojas da rede, o sal gourmet deixou de ser um produto de nicho, passando a representar mais de 40% do total de vendas de sal.

Portanto, é preciso atenção redobrada quanto ao sal na comida.

Para ler mais sobre o que eu penso a respeito de alimentação e imunidade – clique aqui.

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