Riscos inflacionados

Nos telejornais vemos propinas sendo pagas em dinheiro vivo. Além de ser um crime, trata-se de uma péssima ideia. Estudo da Universidade de Nova York atualiza o que sabemos sobre microrganismos nas cédulas.

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O papel-moeda pode abrigar milhares de micróbios de todos os ambientes por que passa.

E das mãos de quem o toca.

Até aí, nenhuma novidade.

Entretanto, um estudo atualiza o que sabemos sobre o assunto.

A pesquisa é do departamento de biologia da Universidade de Nova York (Estados Unidos).

Também participaram investigadores do IBM Almaden Research Center.

No trabalho, foram analisadas notas de um dólar recolhidas em um banco, em Nova York.

Como esperado, foram encontradas centenas de espécies de micro-organismos.

Os mais abundantes foram aqueles que causam acne, bem como bactérias da pele humana, muitas inofensivas.

Também foram identificadas bactérias vaginais, micróbios de boca, DNA de animais de estimação e vírus.

Além de traços de drogas, como cocaína.

Como se não bastasse, há patógenos como E. coli, salmonella e staphylococcus aureus, que podem levar a doenças graves.

As notas, com fibrasde algodão e linho, facilitam a acomodação de germes.

E do coronavírus Sars-Cov-2.

A Organização Mundial de Saúde já declarou que as cédulas podem estar contribuindo para a disseminação da Covid-19.

Mas o estudo apresenta fatos, que negam um risco elevado.

Segundo os cientistas, notas de dinheiro não têm condições adequadas de temperatura ou umidade para permitir que os micróbios cresçam e proliferem.

Aliás, é sua característica porosa que retém a maior parte das ameaças, evitando que vão parar nas mãos de quem manipula.

O que significa que dinheiro não pode ser culpado pela transmissão de doenças.

Além do que a pele humana é capaz de proteger contra a maior parte do perigo.

Estudos já indicaram como notas feitas com polímeros plásticos, como na Austrália, são mais limpas.

O estudo foi publicado no periódico científico PLOS One.

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