Risco invisível na cozinha

Mais pessoas estão cozinhando em casa, o que é ótimo. Entretanto, surge um problema que ninguém estava prestando atenção: fogões a gás tornam o ar interno da casa mais poluído que o ar exterior.

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Não é apenas a fumaça da óleo na frigideira.

O ato de cozinhar em fogões a gás afeta de maneira mais grave o ar da casa.

É o que revela um estudo do Rocky Mountain Institute (Estados Unidos).

O trabalho revisou décadas de pesquisas sobre o tema.

E concluiu que o uso de fogões a gás polui o ar doméstico com dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono.

Além da poluição por partículas, que todos os tipos de fogões produzem.

A isso, note-se que fogões antigos e sem manutenção poluem ainda mais.

Para se ter uma ideia, no Canadá os padrões de emissão de dióxido de nitrogênio ao ar livre são de 60 partes por bilhão/hora.

Dentro de casa, esse padrão é de 90 ppb/hora.

Obviamente, o problema está sendo exacerbado pelo maior número de pessoas que passam pela quarentena cozinhando.

Afinal, quais são as consequências?

Mesmo pequenos aumentos na exposição a curto prazo ao dióxido de nitrogênio enfraquecem a imunidade pulmonar.

Uma análise constatou que crianças em lares com fogões a gás têm uma chance 42% maior de apresentar sintomas de asma.

Outra, na Austrália, atribuiu 12,3% de todos os casos de asma infantil do país a fogões a gás.

Impressiona como a poluição do ar interior não possui fiscalização nem leis.

E nos arriscamos sem saber a cada bolo assado.

A saída é procurar abrir as janelas quando for cozinhar.

Soluções melhores são também onerosas, como usar um exaustor ou mudar para um fogão aquecido por eletricidade.

Segundo o estudo, estes aparelhos deveriam custar menos.

Sua disseminação poderia proteger, particularmente, as populações vulneráveis.

Além dos riscos de cozinhar, enfrentamos outros, ainda na etapa dos mantimentos.

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