Risco à mesa

Ninguém mais aguenta comer a própria comida, ou o que pode ser entregue em casa. Por isso, restaurantes e clientes celebram o retorno das atividades. Mas é preciso cautela, já que ali (ainda) há risco.

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Restaurantes oferecem mais risco para a Covid-19 que usar o transporte público.

A afirmação vem de um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Nele, pacientes relataram as atividades das quais participaram e as interações que tiveram, nas duas semanas antes de terem testado positivo.

Entre os resultados, foram evidenciados fatos sobre comportamento e contágio.

Descobriu-se, por exemplo, que a maioria do contágio foi por contato próximo (51%), como membros da família.

E que mais de 70% relataram usar cobertura facial ou máscara quando estavam em público.

Mas os pesquisadores também descobriram que os infectados são significativamente mais prováveis (42%) do que o grupo de controle (14%) de terem relatado comer em um restaurante ou ter ido a um bar ou café antes de ficarem doentes.

Comer em um restaurante também mostrou ser um fator determinante maior para um teste positivo do que uma série de outras atividades.

Entre várias, revelou-se mais perigoso que ir ao escritório, cabeleireiro, academia, usar o transporte público ou participar de uma missa.

“As máscaras não podem ser usadas de forma eficaz enquanto se come e bebe, enquanto fazer compras e várias outras atividades internas não impedem seu uso”, escreveram os autores do estudo.

Nestes locais a direção, a ventilação e a intensidade do fluxo de ar podem afetar a transmissão, mesmo implementadas as orientações atuais.

“Exposições e atividades onde o uso de máscara e distanciamento social são difíceis de manter, incluindo ir a lugares que oferecem comida ou bebida, podem ser fatores de risco importantes a Covid-19”.

Como conclusão, o CDC divulgou suas “Considerações para restaurantes e bares”.

Entre elas, a recomendação do cenário de menor risco para comer fora é passar por um drive thru ou pedir entrega.

Sendo que o maior risco é comer no local que não reduza sua capacidade de sentar e não deixe suas mesas separadas por pelo menos dois metros.

Comer deve ser mais que o mero ato de nutrir-se e, neste sentido, a paz à mesa precisa ser valorizada.

Afinal, até restaurantes barulhentos afetam o sabor da comida servida – leia mais aqui.

Se algum estresse surgir na programação, melhor reconsiderar a saída.

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