Retomando o controle

Você sabe quantas calorias, gordura e açúcar têm em sua comida? Provavelmente, não. Estudo revela como não temos a menor ideia do que estamos comendo. E como esse conhecimento pode estimular a retomada do controle.

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Os rótulos trazem toda a informação possível – ou não.

As letras são pequenas, truncadas e ainda está em discussão o modelo ideal.

Por este e outros motivos, não sabemos o que comemos.

É o que revela um estudo feito pela empresa americana Insurancequotes, do setor de seguros.

Nele, foram entrevistadas mais de mil pessoas, que tinham que avaliar alimentos e bebidas comuns.

Elas deveriam adivinhar as calorias, proteínas, carboidratos, açúcar e gordura de vários itens.

Desde um copo de leite a um cheeseburguer.

As respostas foram calculadas e comparadas com dados científicos.

Como resultado, ficou evidente o distanciamento do que acreditamos ser a verdade e a própria.

Infelizmente quando o assunto é nutrição, as consequências são sentidas na saúde.

E muitos anos depois, o que faz valorizar ainda mais esta conscientização.

Calorias

No caso das calorias, as pessoas superestimaram a contagem em 79 calorias, em média.

Já as suposições foram menos precisas ao avaliar alimentos saudáveis, com calorias subestimadas.

Por exemplo, a estimativa média de uma xícara de amêndoas foi de 163 calorias.

Ou 660 menos do que as 827 calorias reais para esta quantidade.

Os abacates foram estimados em 148 calorias, menos da metade das 322 calorias reais.

Carboidratos

Quanto aos carboidratos, os entrevistados superestimaram as porções em 15 gramas, em média.

E erraram mais em relação aos alimentos não saudáveis, como pizza e donuts.

O cheeseburger do McDonald’s teve a maior margem de erro.

Para o item foram estimadas 174,5 gramas de carboidratos, quando na verdade tem 33 gramas.

A segunda margem de erro mais ampla foi na direção oposta com a granola.

Uma xícara foi estimada em 27 gramas de carboidratos, quando tem quase o triplo (80,4 gramas).

Gorduras

As pessoas também superestimaram o conteúdo de gordura dos itens, em uma média de 13 gramas no total.

Com exceção de nozes e abacates, cujo conteúdo foi subestimado.

O palpite médio para uma xícara de nozes foi de 13,8 gramas.

Mas, na realidade, elas têm um teor alto de gordura (72,4 gramas/xícara), o maior índice dos itens listados.

As estimativas mais surpreendentes foram para a dose vodka e a lata de Coca-Cola.

Ambos não têm gordura, mas foram estimados em 24,4 e 15,4 gramas, respectivamente.

Proteínas

As proteínas foram superestimadas em seis gramas, em média.

A lata de Coca-Cola e a dose de vodka tiveram as maiores margens, com 20,5 e 18,9 respectivamente.

De novo, apesar de não terem nenhuma proteína.

Já a pizza de queijo e a xícara de amêndoas têm mais que o dobro da quantidade de proteínas estimada.

Açúcar

Para o teor de açúcar, as estimativas foram em média 17 gramas mais altas.

A maior margem veio do donut glaceado, estimado em 83,3 gramas de açúcar, quando tem 12 gramas.

Os itens mais subestimados foram a xícara de amêndoas e o copo de leite.

Ambos ficaram dentro de um grama do valor real.

Academia

Os entrevistados tiveram que estimar quantos minutos de corrida seriam necessários para “queimar” cada uma das opções.

Quando comparados com os números reais, as mulheres tendem a “chutar” tempos mais longos do que os homens.

Para “queimar” uma xícara de nozes, elas estimaram que levariam 40,5 minutos.

Os homens estimaram o esforço em cerca de 22,7 minutos.

Mas o tempo real seria de 75 minutos para mulheres e 88 minutos para homens.

Autoestima

Como métrica final, foi medida a autoconfiança em relação ao corpo.

Em média, as pessoas insatisfeitas com a aparência adivinharam com mais exatidão os nutrientes de vários alimentos – embora por pouco.

Os mais satisfeitos adivinharam com maior precisão o tempo necessário para “queimar” certos alimentos.

Entre os gêneros, elas foram melhores em estimar as contagens de calorias e gramas de gordura.

Já os homens foram mais precisos na estimativa de carboidratos.

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