Reservado para três

Reservado para três

É possível ter um milhão de amigos? Estudo da universidades da Europa avalia que, mesmo tendo um monte deles nas redes sociais, só podemos ter uma certa quantidade durante a vida. E a cada um novo, um fora.

Leia mais:

Os quarenta anos dos celulares – Como seria sua vida sem ele?
Você, robô – Estamos nos comportando como iDiots

Ainda que as redes socias tenham expandido nossa capacidade de aumentar nosso network, não nos tornou mais suscetíveis a novas amizades. Esta é a conclusão de recente pesquisa divulgada pela Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos.

O estudo foi feito em conjunto pelas universitdades de Oxford e Chester (Inglaterra) e a Aalto University, da Finlândia.

Os cientistas procuravam estabelecer um vínculo entre a existência das redes sociais e a habilidade em nos relacionarmos com outros membros da espécie. Imaginava-se que a interação virtual favoreceria reunir pessoas com os mesmos interesses. Ledo engano.

A maioria das pessoas tem um número reduzido de amigos, e só mais um tanto de conhecidos. No estudo, os mais introvertidos revelaram possuir três amigos mais próximos, e quinze conhecidos com os quais relacionavam-se. Os mais sociáveis tinham seis melhores amigos e 25 conhecidos.

Os pesquisadores descobriram que, em média, mulheres gastam 48% do tempo online conversando com as três amigas mais próximas, enquanto homens investem 40% de seu tempo.

E é isso. Mesmo se as suas médias forem outras, a tendência é a de que permaneçam estáveis ao longo da vida.

O curioso é que, quando uma pessoa sai de nosso círculo mais íntimo, outra irá certamente ocupar seu lugar. As explicações são três – e as duas primeiras são bem óbvias. Não temos tempo nem capacidade emocional para mais interações.

Já a última diz respeito à limitações cognitivas. O motivo está dentro do DNA, motivo pelo qual este comportamento também é observado entre primatas.

Ou seja, podemos ter muitos “likes”, mas só iremos valorizar aqueles que contam.

Tags: , , ,