Reflexos no fundo do copo
Categoria: Pense
A cobrança dos padrões estéticos não dá trégua. E isso tem consequências. Estudo feito com sete mil voluntários revela que garotas inseguras bebem mais.
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A percepção distorcida do corpo ocorre quando a pessoa tem uma visão errada do próprio peso ou imagem.
E ter uma autoimagem negativa pode levar a comportamentos negativos.
Segundo estudo da Universidade Tufts, garotas adolescentes costumam beber mais quando estão inseguras sobre sua aparência.
A pesquisa analisou dados de sete mil meninas com idades entre 14 e 18 anos.
Cerca de dois terços (67,7%) das participantes admitiram ter experimentado bebidas alcoólicas ao menos uma vez.
Os pesquisadores também descobriram que 38% tinham percepção errada da imagem corporal – tentar perder, manter ou ganhar peso quando não há necessidade de fazê-lo.
O problema apareceu quando foi feito o cruzamento entre esses dois grupos.
As probabilidades de uso de álcool aumentaram para 1,29 vezes entre as meninas com percepção equivocada da imagem corporal.
Isso se tornou cada vez mais claro quando mais velhas se tornavam.
Elas também demonstraram estar mais propensas a beber mais.
Garotas com problemas de autoimagem revelaram uma probabilidade 1,22 vezes maior de beber cinco ou mais bebidas alcoólicas num curto período de tempo.
Isso em comparação com aquelas que tinham uma relação saudável com o seu corpo.
“Prestar atenção a esse comportamento pode ajudar a identificar a relação causal entre essa percepção errônea e a bebida, assim como outros comportamentos de risco mais tarde na vida”.
Esta declaração foi de uma das autoras do estudo, Dra. Margie Skeer.
A situação pode ser ainda pior, já que as participantes relataram voluntariamente suas experiências.
E há a possibilidade de muitas terem omitido um tanto da verdade.
Por este motivo, os pesquisadores reconhecem que não é possível concluir se as participantes usam o álcool como um mecanismo de mudança de peso.
Ou como uma técnica para se sentirem socialmente aceitas e mais à vontade consigo mesmas.
De qualquer maneira, o problema é grave.
O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Studies on Alcohol and Drugs.
Tags: autoestima, autoimagem, beleza idealizada, comportamento, Lucilia Diniz, padrões estéticos,
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