Reescrevendo o tratamento da depressão

Quer derrubar os sentimentos de depressão? Estudo da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia descobriu um valioso segredo: não pense muito sobre o assunto.

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Cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão.

Em números absolutos, são 11,5 milhões de casos registrados no país.

O tratamento convencionalmente adotado é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).

A técnica central da TCC é confrontar a situação para superá-la.

Segundo um novo estudo, esta dolorosa abordagem pode estar superada.

A pesquisa foi feita pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

Para os cientistas, a chave para finalmente combater a depressão é pensar menos.

Ao usar a Terapia Metacognitiva por seis meses, 80% dos voluntários conseguiram a recuperação completa do seu diagnóstico inicial de depressão.

Este tratamento visa controlar o processo de pensamento de um indivíduo.

O objetivo é reduzir a ruminação – o ato de pensar demais nos sintomas e as causas do estresse, em vez de se concentrar em soluções.

“Algumas pessoas experimentam a ruminação como completamente incontrolável, mas indivíduos com depressão podem ganhar controle sobre ele”.

A explicação é de um dos autores, o professor Roger Hagen.

Os pacientes que sofrem de depressão “pensam demais”, o que pode perpetuar a depressão.

“Ao invés de ruminar tanto no que faz um paciente deprimir-se, a Terapia Metacognitiva foca no processo do pensamento negativo”.

“Para, finalmente, colocá-lo sob controle”.

Mas, como assim?

Segundo o cientista, a ideia é observar os pensamentos depressivos com a “atenção destacada”.

Isso significa ver os pensamentos apenas como pensamentos, e não como um reflexo da realidade.

“Não dá para controlar o que se pensa”.

“Mas é possível ter controle sobre como você responde ao que pensa”.

A Terapia Metacognitiva surgiu na Universidade de Manchester, na Inglaterra, e vem sendo usada nos últimos 20 anos.

Finalmente, a pesquisa norueguesa foi um das primeiras a usar um grupo de controle no método.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers in Psychology.

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