Reescrevendo a origem do limão

Maçãs, romãs ou uvas? Nada disso. Estudo arqueológico revela que os cítricos, especificamente o limão, foram as primeiras frutas a chegar ao Mediterrâneo em torno dos tempos bíblicos.

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Os limões foram as primeiras frutas cítricas a chegar no Mediterrâneo, no tempo de Jesus Cristo.

Especificamente, entre o final do primeiro século a.C e início do primeiro século d.C.

E naquela época foram símbolos de status para a elite.

É o que afirma um novo estudo da Universidade de Tel Aviv (Israel).

Nele foi anunciada a descoberta de vestígios arqueobotânicos, encontrados nas ruínas do Fórum Romano.

No local foram encontrados grãos de pólen fossilizado, sementes e outros restos dos primeiros cítricos.

“Hoje, os pomares cítricos são um dos principais componentes da paisagem mediterrânea”.

A explicação é de uma das autoras, Dra. Dafna Langgut.

“Mas os cítricos não são nativos dali”.

Os primeiros limões da Europa vieram da região onde hoje se localiza Israel.

E tinham casca muito dura e quase nenhuma polpa.

Raros e exóticos, eram caros.

Por jsso, sua propagação aconteceu pelo seu alto status social e significado religioso, ao invés de suas qualidades culinárias.

Laranjas, limões mais suculentos e pomelos vieram muito mais tarde, no século 10 d.C.

Desta vez trazidos por comerciantes muçulmanos via Sicília e a Península Ibérica.

Esta descoberta reescreve a origem de uma das bases da dieta mediterrânea.

E nos mostra como aquela que é considerada a alimentação mas equilibrada não é tão original como se pensava.

Ao manter o paladar curioso, descobrindo novos sabores, enriquecemos a experiência gastronômica.

E diversificamos a nutrição, selecionando o melhor de acordo com o gosto pessoal.