Querida, encolhi a porção

Este prato dá para dois? A pergunta já não cabe mais no contexto. Agora, as porções mínimas estão vencendo a luta pela predominância nos cardápios em todo o mundo. Comer menos é melhor e, agora, obrigatório.

Leia mais:

Dica de viagem – A prova da bolsa
Fome do mundo – A verdadeira viagem se faz pelo paladar

Cantinas italianas estão sempre com mesas cheias e o clima entre a profusão de pratos fartos está sempre animado.

Entretanto, o que era regra está se tornando a exceção.

Seguindo o sucesso dos tapas espanhóis, sushis, temakis e menus degustação, em todo o mundo a tendência revela que o tamanho da comida servida em restaurantes tem diminuído.

E não tem a ver com a culinária étnica.

Aparentemente, a onda começou com a gastronomia molecular iniciada com os grandes chefs europeus.

O movimento, que começou em 1988 com o químico francês Hervé This, já foi devidamente absorvido pela cultura global.

Mas existe outro motivo.

Segundo pesquisa do insituto americano Technomic, a mudança acompanha como as pessoas têm aproveitado o programa fora de casa.

Entre as pessoas que escolhem pratos menores, um terço os degusta como entrada. Outro terço, como prato principal. 19% como acompanhamento e 14% como aperitivo.

Sem o comprimisso com as tradicionais refeições de três pratos (entrada, prato principal e sobremesa), as pequenas porções têm sido degustadas como petiscos entre amigos, que aproveitam o momento juntos com menos cerimônia e mais descontração.

Novas casas já são inauguradas com o cardápio nestes moldes. Casas estabelecidas têm feito mudanças nesta direção, que está sendo chamada de miniaturização do menu.

Enquanto as pessoas se divertem e comem menos alimentos calóricos, a tendência é bem-vinda.

Resta saber como o novo comportamento reflete na balança.

Tags: , , ,