Quebra de confiança

Confiamos nos gadgets e na contagem de calorias perdidas. Mas, se você decide o que vai comer a partir daí, cuidado. Teste com as maiores marcas revela como elas são incapazes de acertar a informação.

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Eles são os equipamentos que melhor representam a tecnologia vestível.

São os fitness trackers – literalmente, “rastreadores da forma física”.

Na forma de relógio ou em um aplicativo no smartphone, eles registram os movimentos.

E, em números, contam a distância percorrida, a frequência cardíaca e as calorias gastas no exercício.

Muita gente confia nestes equipamentos para tomar decisões.

Se a distância planejada foi atingida, é hora de parar.

Se o coração está acelerado demais, é preciso reduzir o ritmo da corrida.

E, se foram gastas tantas calorias com o esforço, podemos repor a mesma quantidade na próxima refeição.

Não, espera.

Confiar exatamente neste último quesito pode ser um erro.

É o que afirma um novo estudo feito pela Universidade de Stanford (Estados Unidos).

“Sempre que recebemos dados de um paciente através de um dispositivo, temos dúvidas sobre a precisão”.

A declaração é de um dos autores, Dr. Euan Ashley, especialista em medicina cardiovascular.

Estes dispositivos não são regulamentados, pois visam otimizar a saúde em vez de detectar a doença.

Por isso não precisam seguir os mesmos padrões que os equipamentos médicos.

Os mesmos que pretendem substituir.

Os cientistas analisaram sete aparelhos.

Foram Apple Watch, Basis Peak, Fitbit Surge, Microsoft Band, Mio Alpha 2, PulseOn e Samsung Gear S2.

Todos foram utilizados por 60 voluntários, que correram na esteira ou pedalaram em bicicleta ergonômica.

Os pesquisadores compararam os dispositivos equipamentos médicos aprovados pelo FDA, o órgão fiscalizados americano.

Como resultado, todos falharam de modo rude.

O que foi mais preciso errou, em média, 27%.

Em ambiente não-médico, a expectativa é que a margem de erro seja de, no máximo, 10%.

O Apple Watch foi mais preciso em ritmo cardíaco e queima de calorias.

Enquanto o dispositivo da Samsung relatou as maiores taxas de erro.

Os dispositivos foram melhores na medição de dados coletados durante o ciclismo do que em caminhadas.

Os erros também tendem a ser mais comuns em homens.

Pessoas com maior Índice de Massa Corporal também sofrem com a imprecisão dos dados – clique aqui e calcule o seu.

Mas por que tanto erro na contagem de calorias perdidas?

Porque metabolismos não seguem regras nem modelos.

Os cientistas recomendam evitar confiar nos dados como calorias queimadas para tomar decisões sobre o que comer.

A expectativa é que, agora, os fabricantes aperfeiçoem suas ferramentas.

E você, costuma utilizar este auxílio da tecnologia?

teste

Dr. Euan Ashley e equipe nos testes na Universidade de Stanford

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