Só que não

Só que não

Tem horas em que você quer partir para a agressão, mas a situação não permite descer do salto. É quando entra em cena nosso repertório de ironia e sarcasmo. Entenda como decifrar estes dois comportamentos que mais confundem o ser humano – e como fugir deles.

Ironia é usar uma palavra para descrever uma coisa ou situação que é exatamente o contrário. Já sarcasmo é ironia somada a uma agressão implícita. No primeiro caso, podemos ver algum humor. Do segundo, queremos distância. Só que não é fácil distinguir. Nosso cérebro, literalmente, dá um nó.

Entender a ironia envolve a ativação do giro temporal superior, uma estrutura que permite entender as intenções alheias – como agressão com palavras. Ao mesmo tempo, estão ativos o giro temporal inferior e o córtex pré-frontal medial, que representam o contexto da situação. Se há humor envolvido, entra em ação o córtex pré-frontal dorsolateral. Em uma situação emocional em que a ironia é percebida, é acionada a amígdala.

As crianças não compreendem nenhuma das duas até os seis anos de idade. Na adolescência, parece que estas capacidades atingem o máximo. O que pode influenciar o modo como você se porta na vida adulta. No mundo digital, isso pode tomar proporções incontroláveis.

Fuja destes comportamentos tóxicos. Busque olhar no olho  ser verdadeira em todos os seus contatos. Minha dica é você se cercar de pessoas gentis, em que o humor só seja usado para o bem. Uma dieta diária de energias positivas muda o funcionamento do corpo – para melhor. Praticar a gentileza, por exemplo, regula as emoções. Exatamente por isso, causa impacto positivo na saúde. Ao exercitarmos sentimentos do bem, mandamos embora a ansiedade, inimiga da boa forma.

Confira neste vídeo, criado a partir da palestra de Christopher Warner na série TED, que explica o assunto de forma bem didática.

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