Quando os similares se atraem

Quando os similares se atraem

Os opostos se atraem, certo? Segundo o estudo, a lógica não funciona para pessoas comprometidas, que sentem atração por pessoas mais parecidas com elas mesmas.

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Ao contrário do que sempre ouvimos falar, a regra de que os opostos que se atraem tem uma exceção.

Segundo estudo da Universidade Carolina de Praga (República Tcheca), há momentos na vida que as pessoas buscam parceiros com traços em comum.

Não apenas traços de personalidade, mas da própria aparência.

Entretanto, esta “nova regra” só vale com uma condição: as similaridades se atraem para pessoas comprometidas.

Resumindo: o status de seu relacionamento (ou a ausência de um) afeta quem você julga atraente.

Para chegar a esta conclusão, a Dra. Jitka Lindová e sua equipe recrutaram voluntários entre estudantes universitários.

Todos tiveram que observar fotografias de pessoas desconhecidas e avaliar o quanto eram atrativas.

As fotos foram manipuladas digitalmente para que a similaridade com os voluntários fosse alterada.

As imagens eram de um indivíduo do sexo oposto, cuja face foi “photoshopada” para parecer mais ou menos com cada participante-observador.

Também foram exibidas fotos de indivíduos do mesmo sexo, manipuladas da mesma maneira.

“Descobrimos que participantes solteiros avaliaram rostos diferentes como mais atraentes e sexy, mas as notas foram as mesmas para rostos similares aos seus próprios”, disse a Dra. Jitka Lindová.

Isso foi registrado quando os participantes deram notas tanto a indivíduos de moesmo sexo quanto do sexo oposto.

“Pela primeira vez, observamos como o status de relacionamento afeta quem achamos atraente”, acrescentou em entrevista o site Science Daily.

Aparentemente, este é um mecanismo evolutivo para preservar a espécie, fortalecendo os laços entre casais.

“Nossa interpretação é que os mecanismos de percepção da atratividade que nos aproxima de um parceiro em potencial pode ser suprimida durante um relacionamento”, explicou a autora do estudo.

“Esta pode ser uma estratégia para prevenir a busca por alternativas aos parceiros”.

Poucas pesquisas foram feitas sobre o assunto.

Por isso, esta descoberta tem importantes implicações sociológicas e biológicas que demandam mais estudos.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers in Psychology.

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