Quando a carne faz bem ao coração

Seu consumo tem sido recriminado. Portanto, esta é polêmica: novo estudo americano indica que comer carne pode fazer bem ao coração.

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Uma bactéria intestinal comum entre quem come carne com frequência parece ajudar a prevenir doenças cardiovasculares.

É o que revela estudo da Universidade Oregon State (Estados Unidos).

Dietas fundamentadas em alimentos de origem animal há muito são consideradas um fator de risco para doenças cardiovasculares.

Essas dietas são a principal fonte de TMA (trimetilamina), que é convertida pelo fígado em outro composto, TMAO, que promove o acúmulo de placa de gordura nas artérias.

TMAO é a abreviatura de N-óxido de trimetilamina.

“A conexão entre o TMAO e as doenças cardiovasculares tende a focar a conversa em como as dietas baseadas em animais causam consequências negativas para a saúde”.

A explicação é de Veronika Kivenson, autora principal do estudo.

“Mas, ao analisar dados de estudos básicos do microbioma intestinal, descobrimos evidências de que um tipo de bactéria associada ao consumo de carne pode metabolizar o TMA sem produzir qualquer TMAO”.

“Isso significa que essas bactérias cortam um elo essencial na cadeia de doenças cardiovasculares”.

As bactérias são do gênero Bilophila, comumente presente nos microbiomas de pessoas saudáveis.

Pesquisas anteriores já mostraram que dietas baseadas em alimentos de origem animal causam um rápido aumento de Bilophila no intestino.

Os dados mostram significativamente mais Bilophila nos microbiomas de pessoas saudáveis em comparação com aqueles com doenças cardiovasculares.

E que o número de Bilophila aumenta em resposta a uma dieta baseada em carne em comparação com uma dieta baseada em vegetais.

“Nossas descobertas sugerem que o papel da Bilophila no microbioma e na saúde humana pode depender do contexto específico e que seu potencial como um probiótico que mitiga o papel dos produtos animais nas doenças cardíacas deve ser estudado mais detalhadamente.”

O estudo foi publicado na revista científica eletrônica mSystems.

E patrocinado pela National Science Foundation e a Simons Foundation.

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