Qual é a melhor dieta?

Qual é a melhor dieta?

Segunda-feira é o dia de começar. Mas, afinal, qual é a melhor dieta? Há quem pense em tentar todas. Na Inglaterra, jornalista encara 10 dietas diferentes em 50 dias, até encontrar a que funcionou. A decisão de perder peso passou de um desejo para um projeto.

Leia mais:

Meu pulo do gato – Veja como perdi e mantenho longe mais de 60 quilos
Reeducação alimentar – Conheça o cardápio que mudou a minha vida

Motivado a mudar as medidas de seus 101 quilos e, com elas, o rumo de sua vida, o jornalista britânico Andy Leeks decidiu fazer uma dieta.

Mas, qual seria a mais eficiente?

Indeciso e disposto, sua decisão foi testar todas. Ou melhor, 10 das mais populares, no período de 50 dias. Fazendo as contas, Andy teria pela frente cinco dias para cada tentativa. (clique nos nomes em vermelho para ver as dietas)

Entre as dietas, entraram na lista a 5:2, que alterna cinco dias comendo pouco e dois dias de alimentação normal – o conhecido jejum intermitente e a dieta Special K, em que duas das três refeições diárias foram substituídas por cereais e barrinhas desta marca.

Também foram testadas a Atkins, que recomenda cortar carboidratos; a dieta recomendada pelo governo inglês; a dos sucos; a da papinha de bebê; a da grapefruit; a dos alimentos crus; uma que envolvia contagem de calorias por um aplicativo e, por último, a da sopa de repolho.

Com a 5:2, Andy perdeu 2,5 quilos e adquiriu hábitos saudáveis, como comer nozes e castanhas no lugar de fast food. O mesmo foi atingido com a Special K, mas a monotonia do paladar quase o fez desistir.

Seguir a dieta dos sucos foi um transtorno, já que todos os sucos deveriam ser tomados frescos, o que o obrigava a gastar muito tempo para preparar cada porção. Com essa perdeu dois quilos.

Os mesmos dois quilos foram embora seguindo as recomendações oficiais do governo: comer mais vegetais, pouca carne, cortar gordura e açúcar. Esta dieta foi a mais apreciada, já que não haviam restrições no cardápio.

Contar calorias com um app, a dieta da grapefruit (que recomenda o consumo da fruta ou suco nas refeições) e comer papinha de bebê levaram à perda média de meio quilo cada.

Com a Dieta Atkins, cheia de proteína e nenhum carboidrato, foram-se mais dois quilos. Aqui, devido à ausência de calorias para serem queimadas, a moral baixou.

Mas a pior delas, na opinião do repórter, foi a dieta dos alimentos crus, que passou comendo basicamente frutas, saladas, sementes e nozes. O sacrifício levou mais 1,3 kg.

O mesmo resultado foi alcançado comendo sopa de repolho em todas as refeições durante cinco dias, com todos os desconfortos previsíveis de uma dieta fermentativa.

Pela primeira vez em muito tempo, Andy via os dedos dos pés. Ao final do processo consegiu perder 14 quilos. E desenvolver um longo processo de conhecimento de seu próprio corpo.

Entretanto, mesmo com a pressão mais baixa, os exames médicos revelaram alta no LDL, o colesterol ruim.

A explicação é a de que cada regime provoca um “choque” no organismo, que ao tentar adaptar-se aos alimentos tem desregulados vários processos internos. Por este motivo, nenhuma mudança drástica deve ser feita sem acompanhamento de profissionais.

Hoje Andy mantém-se motivado a seguir a dieta recomendada pelo governo, que assemelha-se a que temos no Guia Alimentar da População Brasileira – veja aqui.

Sabemos que perder peso em curto prazo não é tão difícil. O grande desafio é conter o seu retorno.

O perigo dos regimes é o fato comprovado de que quase todos funcionam por alguns dias, mas o peso inicial sempre retorna. Daí o efeito-sanfona que frustra 95% de todas as tentativas.

Portanto, daqui surge a necessidade de personalização e adequação do plano alimentar. Como cada caso é um caso, o melhor é procurar um especialista.

Qual é a melhor dieta?

Andy Leeks, no começo e ao final da experiência que virou reportagem

Tags: , ,