Punição pelo excesso de peso

O perigo de retornar de uma ótima viagem é exagerar nas lembranças e ser cobrada por excesso de peso. Mas, e quando a própria companhia aérea carrega carga a mais? E, ainda por cima, na cintura da tripulação?

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Na Índia, a empresa aérea estatal tomou uma decisão polêmica.

Seguindo recomendação da autoridade de aviação civil daquele país, a companhia decidiu impedir que 125 tripulantes acima do peso voem.

Há um ano, a empresa alertou 600 tripulantes a entrarem em forma.

Entretanto, mais de uma centena ignorou o aviso ou falhou em seguir a recomendação.

A decisão não se trata de preconceito, como uma primeira impressão poderia deduzir.

Com peso em excesso, os tripulantes perdem a mobilidade necessária não apenas para mover-se entre os apertados corredores, para servir sanduíches.

O problema é agravado quando aparecem situações de emergência.

Normas internacionais indicam que o Índice de Massa Corporal (IMC) deve estar entre 18 e 25 para tripulantes homens.

E, para mulheres, entre 18 e 22.

Ou seja, além da questão estética, em que imaginamos aeromoças longilíneas, está a segurança de todos.

Sem falar na questão monetária, em que cada grama a mais em um avião o faz consumir mais combustível para voar.

Sem dúvida e com trocadilho, esta decisão pesa contra a normalização da obesidade que vivenciamos, em quase todos os setores da sociedade.

Um paradoxo, já que cada vez mais conhecemos os efeitos nocivos da epidemia do sobrepeso.

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