Próxima estação: gordura

As cidades podem melhorar a saúde e até a forma de seus moradores. Infelizmente, é o contrário que acontece. Isso porque a vida urbana faz os moradores ganharem peso. A dica é não embarcar nesse trem.

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Já vimos como transformações no ambiente urbano podem incentivar um estilo de vida mais saudável.

É o que os urbanistas e arquitetos chamam de design ativo.

Mas é preciso entender que, até que a cidade possa beneficiar sua boa forma, ela deve parar de prejudicá-la.

Segundo estudo da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, foi a modificação da estrutura das cidades, cuja consequência foi a especulação imobiliária, que afastou as pessoas para os subúrbios.

Ao indo morar longe, as pessoas são obrigadas a passar muito tempo em deslocamente, presas nos transportes públicos ou em horas de engarrafamento solitário.

Com isso, passamos a ter uma vida mais sedentária.

O roteiro torna-se previsível: menos tempo para a atividade física, uma tendência para refeições rápidas e ricas em gordura e, consequentemente, o sobrepeso e a obesidade.

Não por acaso, segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 52,5% da população brasileira está acima do peso.

A tendência é a mesma nos países onde a população urbana é a maioria.

Para resolver a questão, é preciso reformular a maneira como vivemos nas cidades.

O objetivo é, através de novos usos do espaço compartilhado, promover a atividade física entre os cidadãos.

Uma das saídas é o uso misto do solo, que distribui pelos bairros residências, escritórios, escolas, estabelecimentos comerciais, espaços culturais e de lazer, para encorajar deslocamentos a pé ou de bicicleta.

A construção de mais parques, praças e áreas de lazer também incentiva a vida ao ar livre e a prática de esportes.

A única certeza é a de que cabe a você espartar o comodismo, levantar do sofá e reinvindicar e desfrutar disso tudo.

Quem uma dica?

Talvez você possa começar esta revolução pessoal andando de bicicleta – confira aqui todos os benefícios.

Tags: arquitetura, design ativo, mobilidade, obesidade, saúde pública, urbanismo,