A pimenta mais cara do mundo
Categoria: Nutra-se
Conhecemos as pimentas mais ardidas do mundo. Mas, e a mais cara? Recentemente domesticada, espécie selvagem do Peru chegou ao mercado. Por 25 mil dólares o quilo.
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Poucas coisas nos ensinam tanto sobre a humildade quanto o esporte.
Ou as pimentas.
Nestes universos, os menores podem superar a desconfiança com poderosa determinação.
Por isso, não devemos julgar sua capacidade pelo tamanho.
Muito menos seu valor.
A Ají Charapita é uma pimenta do tamanho de uma ervilha, mas não há nada reduzido em seu preço.
Um quilo destas esferas pode custar até 25 mil dólares (cerca de 80 mil reais).
Espécie selvagem das florestas ao norte do Peru, apenas recentemente começou a ser cultivada para uso comercial.
E em um lugar tão improvável quanto a Áustria.
Em inglês, é conhecida como Wild Peruvian Chili Pepper.
Por dois motivos, ela é rara.
Primeiro, é muito difícil encontrá-la fora do Peru, a não ser que esteja disposta a comprar sementes online e fazer um plantio próprio.
E, mesmo que consiga encontrar um vendedor, o preço pode ser amargo.
Apelidada de “mãe de todos as chillis”, a Ají Charapita é, junto com a baunilha e o açafrão, um dos temperos mais valiosos do mundo.
Vale a fama?
Com ardência entre 50 mil e 100 mil unidades na escala Scolville (SHU), é tão quente quanto a popular Caiena.
Entretanto, sua atração não reside na ardência – em termos de comparação, uma Carolina Reaper pontua 2.200.000 SHU.
Quando usada in natura, a Ají Charapita exibe sabor de picância frutada, o que garante a molhos feitos com ela um sabor tropical.
Entretanto, seu maior emprego é na forma em pó, usado em vários pratos.
Ainda que seja desconhecida na maioria dos países ocidentais, é considerada uma iguaria entre connoisseurs.
Por este motivo, tem atraído a atenção de chefs estrelados e gourmands obcecados por sabores exclusivos.
Atualmente de olho em tudo que a gastronomia peruana tem a oferecer, o mercado europeu tratou de inflacionar a escassa oferta.
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